Brazilian Neurosurgery (Mar 2008)

Neurorrafia hemiipoglosso-facial após dissecção intratemporal do nervo facial: análise retrospectiva de 13 pacientes

  • Roberto S. Martins,
  • Mario G. Siqueira

DOI
https://doi.org/10.1055/s-0038-1625523
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 01
pp. 01 – 06

Abstract

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Introdução: Apesar de a neurorrafia hipoglosso-facial ser considerada uma técnica efetiva para o tratamento da paralisia facial após uma lesão proximal do nervo facial, a freqüente atrofia da hemilíngua no pós-operatório conseqüente à secção completa do nervo hipoglosso é uma complicação muitas vezes incapacitante. Uma das técnicas utilizadas para evitar essa complicação é a neurorrafia hemiipoglosso-facial. Nessa técnica, o nervo facial é dissecado no seu canal, seccionado, deslocado caudalmente e suturado com metade do nervo hipoglosso na região cervical. Objetivo: Analisar retrospectivamente os resultados da técnica de neurorrafia hemiipoglosso-facial em 13 pacientes. Método: Os resultados foram avaliados por meio da classificação da paralisia facial na escala de House-Brackmann. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 42,2 anos e a cirurgia foi realizada no período médio de 6,8 meses após a lesão do nervo facial. Em todos os pacientes, a paralisia era completa. A maioria dos pacientes (70%) apresentou melhora significativa da paralisia facial, de completa para graus II e III. Nenhum paciente apresentou sintomas relacionados à disfunção da hemilíngua. Uma correlação positiva foi identificada entre a idade e o resultado (p < 0,05) e entre o tempo da lesão até a cirurgia e o resultado final (p < 0,05). Conclusões: Concluímos que a neurorrafia hemiipoglosso-facial apresenta bons resultados funcionais, sem complicações significativas. Recomenda-se que a cirurgia seja realizada em um menor tempo possível após a lesão confirmada do nervo facial.

Keywords