Cadernos de Saúde Coletiva (Oct 2024)

Prática de atividade física entre adolescentes residentes em comunidades quilombolas e não quilombolas da zona rural do sudoeste da Bahia

  • Stefanie Marina Correia Cairo,
  • Everton Almeida Sousa,
  • Etna Kaliane Pereira da Silva,
  • Vanessa Moraes Bezerra,
  • Danielle Souto de Medeiros

DOI
https://doi.org/10.1590/1414-462x202432020544
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 2

Abstract

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Resumo Introdução: A prática de atividade física (AF) tende a declinar ao longo da vida, especialmente a partir da adolescência. Incentivar a AF durante essa fase pode promover um estilo de vida mais saudável, com vulnerabilidades, agravadas pela discriminação, o que pode afetar negativamente suas perspectivas e comportamentos de saúde. Objetivo: Descrever a prática de atividade física e os fatores associados entre adolescentes residentes em comunidades rurais quilombolas e não quilombolas de um município do sudoeste da Bahia. Método: A prática de atividade física foi descrita por meio da mediana e amplitude interquartil, e para avaliar sua diferença foram realizados métodos não paramétricos. Resultados: 45,3% dos não quilombolas e 46,7% dos quilombolas estavam ativos, e os domínios que mais contribuíram foram o lazer e deslocamento. Para os dois estratos, a atividade física foi maior entre os meninos, os que trabalhavam, e que relataram a existência de lugares públicos. Foi maior entre os não quilombolas que frequentavam a escola e que conheciam programas públicos. Conclusão: Menos da metade dos adolescentes rurais investigados estavam ativos. Evidenciou-se a importância dos locais e programas públicos de incentivo à prática de atividade física e a necessidade de estratégias de intervenção direcionadas para as meninas. Nesse contexto, a escola apresenta-se como um ambiente que pode incentivar comportamentos saudáveis, como a prática regular de atividade física.

Keywords