Alfa: Revista de Lingüística (Jun 2015)

A PROSÓDIA EM SENTENÇAS SINTATICAMENTE AMBÍGUAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: PISTAS DE DURAÇÃO

  • Melanie Campilongo ANGELO,
  • Raquel Santana SANTOS

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-5794-1504-7
Journal volume & issue
Vol. 59, no. 2
pp. 385 – 406

Abstract

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Utilizando sentenças sintaticamente ambíguas pelas posições local e não-local do Atributo, este artigo discute o uso da duração como pista do mapeamento prosódico de sentenças no português brasileiro. O que se questiona é se os falantes diferenciam as leituras via alongamento conforme o domínio prosódico do significado pretendido. Para isso, o presente trabalho é baseado em um estudo comparativo da produção feita por 30 falantes do PB de 9 sentenças do tipo SN1-V-SN2-Atributo, em que, conforme a interpretação, pode haver uma fronteira de frase fonológica entre SN2 e o Atributo. Para efeitos de discussão acerca do tema, a teoria prosódica de Nespor e Vogel (1986) foi adotada. Os resultados encontrados não mostraram diferença estatística significativa na duração do contexto analisado (da última sílaba de SN2 até a primeira sílaba do Atributo) quando apenas as leituras são consideradas, mas apontaram para uma forte correlação entre interpretação e informante, e em todos os casos significativos havia uma duração maior dos contextos analisados quando o Atributo se referia a SN1, isto é, quando havia uma fronteira de frase fonológica entre SN2 e o Atributo.

Keywords