Saúde e Sociedade ()

QualiAB: desenvolvimento e validação de uma metodologia de avaliação de serviços de atenção básica

  • Elen Rose Lodeiro Castanheira,
  • Maria Ines Battistella Nemes,
  • Margareth Aparecida Santini de Almeida,
  • Rodolfo Franco Puttini,
  • Ivete Dalben Soares,
  • Karina Pavão Patrício,
  • Mariana Arantes Nasser,
  • Dinair Ferreira Machado,
  • Antonio Luís Caldas Junior,
  • Roseli d'Avilla Vasconcelos,
  • Stella Brasil Pissato,
  • Josiane Fernandes Lozigia Carrapato,
  • Sabrina Sinabucro Kanesiro Bizelli

Journal volume & issue
Vol. 20, no. 4
pp. 935 – 947

Abstract

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Este artigo apresenta o desenvolvimento, validação e utilização de uma metodologia de avaliação da qualidade dos serviços de atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS), o Questionário de Avaliação da Qualidade de Serviços de Atenção Básica (QualiAB). Destina-se aos serviços de atenção básica, organizados segundo diferentes modelos de atenção, incluindo a Saúde da Família. Contém 50 indicadores sobre oferta e organização do trabalho assistencial e programático e 15 sobre gerenciamento, na forma de questões de múltipla escolha, autorespondidas via web pela equipe local do serviço. Confere a cada resposta valor zero, um ou dois; a média geral atribui ao serviço um grau de qualidade expresso pela distância do melhor padrão correspondente à média dois. Foi construído por processo de consenso interativo, que incluiu metodologias qualitativas, teste-piloto, aplicação em 127 serviços, validação de construto e confiabilidade. Respondido, em 2007, por 598 (92%) dos serviços de 115 municípios paulistas, mostrou bom poder para discriminar níveis de qualidade. Adotado em 2010 como parte de um programa de apoio à Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foi respondido por 95% (2.735) dos serviços de 586 municípios (90,8% do Estado). Os resultados foram encaminhados aos municípios. O QualiAB fornece uma avaliação válida, simples e com a possibilidade de retorno imediato para gerentes e profissionais. Mostrou factibilidade, aceitabilidade, bom poder de discriminação e utilidade para auxiliar a gestão da rede de atenção básica do SUS em São Paulo. A experiência indica aplicabilidade nas redes de atenção básica do Brasil.

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