Pesquisa Veterinária Brasileira (Mar 2016)

Morfologia das glândulas salivares maiores em cutias (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1766)

  • Carlos M. Oliveira Júnior,
  • Ferdinando V.F. Bezerra,
  • Felipe V. Câmara,
  • André M. do Vale,
  • Gleidson B. de Oliveira,
  • Alexandre R. da Silva,
  • Carlos E. Ambrosio,
  • Moacir F. Oliveira

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-736X2016000300013
Journal volume & issue
Vol. 36, no. 3
pp. 227 – 236

Abstract

Read online

Resumo: Estudos acerca da morfologia de animais silvestres servem de subsídio para trabalhos de manejo e preservação de diferentes espécies, pois fornecem informações para a tomada de medidas que auxiliem na manutenção destes em cativeiro, na preservação em habitat natural ou mesmo para ações voltadas a reintrodução ao habitat de origem. Estudos referentes à morfologia de cutias abordam os diversos sistemas, mas nenhum faz referência à arquitetura ou estrutura de suas glândulas salivares. Assim este trabalho objetivou descrever macro e microscopicamente as glândulas salivares maiores de cutias. Foram utilizados dez animais adultos para o desenvolvimento de metodologias relativas à macroscopia propriamente dita das glândulas, microscopia de luz, microscopia eletrônica de transmissão e microscopia eletrônica de varredura. Foram identificadas quatro glândulas salivares maiores nos animais estudados, denominadas parótida, mandibular, zigomática e sublingual. As glândulas apresentaram-se como sendo do tipo tubuloacinares e contendo em seu parênquima ductos dos mais variados tamanhos. Com exceção da glândula parótida, que era estritamente serosa, as demais eram mistas. Da mesma forma, apenas a glândula mandibular foi identificada a presença de ducto do tipo granuloso. Apresentando as cutias os quatro pares de glândulas salivares maiores, estes animais podem servir de modelo para os estudos acerca das mudanças anatômicas sofridas pelos roedores para se adaptar aos diversos habitat do planeta.

Keywords