Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (Oct 2017)

Incidência de leptospirose e fatores associados no município de Chapecó, Santa Catarina, Brasil

  • Maria Assunta Busato,
  • Francis Maira Schabat,
  • Estela Fátima Lunkes,
  • Junir Antonio Lutinski,
  • Vanessa da Silva Corrallo

DOI
https://doi.org/10.17058/reci.v7i4.7838
Journal volume & issue
Vol. 7, no. 4

Abstract

Read online

Justificativa e Objetivos: As condições socioambientais estão diretamente relacionadas com a qualidade de vida e saúde da população, o que justifica a avaliação de fatores associados com a ocorrência de alguns agravos. O objetivo do estudo foi avaliar a incidência de casos confirmados de leptospirose e fatores associados no município de ChapecóSC. Métodos: Estudo de caráter exploratório descritivo transversal, com dados obtidos nas fichas de notificação e investigação individual no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, referente a todos os casos confirmados de leptospirose no período de 2010 a 2015. Resultados: Foram registrados 24 casos positivos no período. Destes, 87,5% acometeram indivíduos do sexo masculino com faixa etária de 12 a 59 anos. 8,3% dos indivíduos relataram ter tido contato com água ou lama de enchente e, nos demais casos, a provável contaminação se deu em locais com sinais de roedores (70,8%), ou com a presença desses animais (41,6%), em rios, córregos, lagoas ou represas (37,5%) e criação de animais (33,3%). O principal ambiente de infecção foi o local de trabalho (41,6%). Não foi evidenciada a relação entre o número de casos de leptospirose e os índices pluviométricos. Conclusão: Destaca-se que as infecções ocorreram, principalmente, pela exposição ocupacional, o que remete à importância da atuação dos serviços de saúde na educação continuada e campanhas de prevenção à leptospirose, principalmente voltadas à saúde dos trabalhadores expostos a áreas de risco.