Revista Brasileira de Meio Ambiente (Jun 2022)

Diferentes relações C/N inicial para tratamento de lodo de curtume via compostagem.

  • Giovanni Terra Peixoto,
  • Ana Beatriz de Melo Segatelli,
  • Andressa Ferreira Pimenta,
  • Luis Fernando Vanzella Mazzarin,
  • Marcos Candido da Silva,
  • Ramily Micheleti de Azevedo Oliveira Menenses,
  • Roger Nabeyama Michels,
  • Tatiane Cristina Dal Bosco

Journal volume & issue
Vol. 10, no. 3

Abstract

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O lodo da ribeira é um dos resíduos sólidos gerados nos curtumes e possui elevada carga orgânica, podendo causar impactos ao ambiente se disposto incorretamente. A compostagem pode ser utilizada para o tratamento deste resíduo. Recomenda-se, na literatura, que a relação C/N inicial do processo seja de 30:1. No entanto, esta relação pode ser inviável, visto que os resíduos considerados como fonte de nitrogênio são os maiores desafios das indústrias e gerados em maior quantidade. Objetivou-se avaliar a eficiência de duas relações C/N iniciais na compostagem do lodo de ribeira com poda de árvores e maravalha, na presença e na ausência da cinza de caldeira. Montou-se 16 leiras, com relação C/N inicial calculada de 16:1 e 12:1. Ao longo de 60 dias monitorou-se: pH, temperatura, condutividade elétrica, relação C/N, aspecto do material e redução de massa e volume. O pH de todos os compostos se apresentou alcalino. Apenas o T5 (lodo e poda, C/N 16:1) atingiu temperatura superior a 55ºC. Os tratamentos com poda de árvores foram mais eficientes quanto à redução da relação C/N, destacando-se T5 e T6 (lodo, poda e cinza, C/N 16:1) com 41,52 e 42,02% de redução, respectivamente. Todos os tratamentos sofreram redução de volume e massa, com destaque para T5 e T6. Houve maior descaracterização dos resíduos com poda de árvore em sua composição. Portanto, os compostos T5 e T6 se destacaram, evidenciando que a melhor relação C/N para iniciar o processo é 16:1, e a fonte de carbono é a poda de árvore.