Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Apr 2021)

Tendências Recentes de Mortalidade Cardiovascular nas Regiões de Saúde do Estado do Rio de Janeiro e Capital

  • Maria Luiza Garcia Rosa,
  • Claudio Tinoco Mesquita,
  • Lucas Zanetti de Albuquerque,
  • Willian Douglas de Souza Silva,
  • Vinicius de Padua Vieira Alves,
  • Roger Freitas Ramirez Jordan,
  • Ricardo Cardoso de Matos,
  • Ana Luisa Guedes de França e Silva,
  • Erito Marques de Souza Filho

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20190742
Journal volume & issue
Vol. 116, no. 4
pp. 763 – 771

Abstract

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Resumo Fundamento: A mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV) vem mostrando tendência à estabilização em alguns países, incluindo o Brasil e o estado do Rio de Janeiro, após décadas de queda. Não encontramos análises detalhadas dessa tendência para o estado do Rio de Janeiro. Objetivo: Analisar as tendências da mortalidade prematura e tardia por doenças do aparelho circulatório (DAC), doença isquêmica do coração (DIC) e doença cerebrovascular (DCBV) por sexo nas regiões de saúde do estado do Rio de Janeiro e capital (1996-2016). Métodos: Dados de óbitos e população foram obtidos no DATASUS/MS. Taxas foram compensadas por códigos mal definidos, corrigidos pelos códigos cardiovasculares mal definidos e ajustadas por sexo e idade pelo método direto. O Joinpoint Trend Analysis Software foi empregado para calcular a variação percentual anual (APC) e variação percentual anual média (AAPC). Foram consideradas para o estudo APC e AAPC significativamente diferentes de zero, calculadas por um teste de student com significância de 5%. Resultados: A mortalidade por DIC estabilizou ou até aumentou em pelo menos 50% das localidades analisadas (EAPC ≥0). Nas regiões Norte e Noroeste, nenhuma mudança foi observada. Para DCBV, apenas uma região apresentou estabilidade na mortalidade (EAPC próximo a 0). Para as outras regiões, a taxa continuou a diminuir (APC <0) até 2016. Conclusão: Esses resultados observados no Rio de Janeiro devem se repetir em várias regiões brasileiras e apontam para a necessidade de uma resposta na abordagem dos comportamentos no estilo de vida. Os médicos da atenção primária devem estar familiarizados com a tendência desfavorável da doença isquêmica do coração entre os adultos mais jovens e rastrear ativamente os fatores de risco para DCV, com atenção especial às mulheres.

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