Revista Portuguesa de Cardiologia (May 2016)

Prevalence, predictors and prognosis of ventricular reverse remodeling in idiopathic dilated cardiomyopathy

  • Sandra Amorim,
  • Manuel Campelo,
  • Elisabete Martins,
  • Brenda Moura,
  • Alexandra Sousa,
  • Teresa Pinho,
  • José Silva-Cardoso,
  • Maria Júlia Maciel

Journal volume & issue
Vol. 35, no. 5
pp. 253 – 260

Abstract

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Introduction: Cardiac remodeling is manifested as changes in size, shape and function of the heart. We studied the prevalence, prognosis and predictors of left ventricular reverse remodeling (LVRR) in idiopathic dilated cardiomyopathy (IDCM) after optimized medical therapy. Methods: A total of 113 IDCM patients were followed for 7.1±5.6 years. LVRR was defined as an increase of 10 units in ejection fraction (EF) and decrease in left ventricular diastolic diameter (LVDD), in the absence of resynchronization therapy. Results: Baseline EF was 27±8% and LVDD index was 37.1±6.3 mm/m2. LVRR occurred in 34.5% within 22.6 months. Final EF was 47.5±10.1%, LVDD index was 30.2±3.9 mm/m2. LVRR was associated with better NYHA class (I–II) and lower BNP (p<0.01) and all patients were alive.Univariate predictive factors of LVRR (p<0.05) were mild hypertension, atrial fibrillation, ventricular hypertrophy on ECG, absence of left bundle branch block, shorter QRS duration, higher hematocrit, lower LVDD index, higher peak oxygen uptake efficiency (VO2/log 10[VE]) and lower dVE/VCO2/VO2, treatment with angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACEI)/angiotensin receptor blockers (ARB) and use of maximal doses of ACEI/ARB and beta-blockers. Multivariate regression analysis showed that higher doses of ACEI/ARB (OR: 0.32, 95% CI 0.11–0.92) were independently associated with LVRR. Non-transmural late enhancement on cardiac MRI was not a predictor of LVRR. Conclusions: LVRR occurred in one third of IDCM patients, especially in those with mild hypertension and with less advanced disease, who may have benefited from maximal drug titration. Resumo: Introdução: A remodelagem ventricular é caracterizada por alterações no tamanho, forma e função do coração. Estudámos a prevalência, o prognóstico e os fatores preditores de reversão da remodelagem do ventrículo esquerdo (RRVE) na miocardiopatia dilatada idiopática (MCDI), após a terapêutica farmacológica otimizada. Métodos: Cento e treze doentes foram seguidos durante 7,1±5,6 anos. A RRVE foi definida como um aumento de dezunidades da fração de ejeção (FE) e diminuição do diâmetro diastólico do VE (VED), na ausência de terapêutica de ressincronização. Resultados: A FE basal foi de 27±8% e o VED de 37,1 ± 6,3 mm/m2. A RRVE ocorreu em 34,5% dentro de 22,6 meses. A FE final foi de 47,5 ± 10,1%, o VED index foi de 30,2±3,9 mm/m2. A RRVE associou-se a melhor classe NYHA (I-II), menor BNP e a mortalidade nula.Os preditores de RRVE foram hipertensão arterial (ligeira), fibrilhação auricular, hipertrofia ventricular esquerda (no ECG), ausência de bloqueio de ramo esquerdo, menor duração do QRS, maior hematócrito, menor VED index, melhor eficiência de oxigénio no pico do exercício (VO2/LG10[VE]), um menor DVE/VCO2/VO2, uso de IECA/ARA-II e uso de doses máximas de IECA/ARA-II e bloqueadores-β. Na análise multivariada o uso de doses máximas de IECA/ARA-II (OR: 0,32, 95% CI 0,11-0,92) foi um preditor independente. A presença ou extensão do realce tardio na RMN cardíaca não foi preditora de RRVE. Conclusão: A RRVE ocorreu num terço dos pacientes MCDI, naqueles com hipertensão ligeira e com doença menos avançada, que poderão ter beneficiado da máxima titulação dos fármacos. Keywords: Dilated cardiomyopathy, Reverse remodeling, Prognosis, Palavras-chave: Miocardiopatia dilatada, Remodelagem reversa, Prognóstico