Revista de Morfologia Urbana (Nov 2020)

Explorando as relações entre forma urbana e tecido social

  • Arlete Maria Francisco,
  • Vitor Manoel Araújo de Oliveira

DOI
https://doi.org/10.47235/rmu.v8i2.164
Journal volume & issue
Vol. 8, no. 2
pp. e00164 – e00164

Abstract

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Este trabalho apresenta uma avaliação da forma urbana e da base social de Azevedo, na freguesia de Campanhã, Porto, Portugal, com o objetivo de verificar se as fragilidades do tecido urbano correspondem às fragilidades do tecido social e à representação que os habitantes têm do lugar. A avaliação da forma física pautou-se na metodologia Morpho, considerando seis critérios que podem definir o grau de urbanidade da área: (i) acessibilidade das vias; (ii) dimensão dos quarteirões; (iii) densidade das parcelas; (iv) alinhamento das edificações; (v) época de construção da edificação e (vi) uso do solo e das edificações. A base social é avaliada através de um mapeamento quantitativo elaborado a partir dos dados estatísticos, considerando os conceitos de exclusão social. E o mapeamento das representações sociais dos habitantes da área é elaborado por meio de depoimentos coletados em trabalho de campo. Os resultados indicaram correspondência entre áreas de configuração urbana mais frágeis e grupos sociais mais frágeis, isto é, mais suscetíveis à exclusão social, mas o contrário (inclusão) não se verificou. Por outro lado, mostrou que há uma forte correspondência entre as fragilidades da forma física e as representações simbólicas do lugar.

Keywords