Pubvet (May 2017)

Inquérito soro-epidemiológico de Brucella ovis e Brucella abortus em rebanhos ovinos pertencentes à microrregião de Teresina, Brasil

  • Gardenia Alves da Silva,
  • Ana Gabriela Pereira Moura Leite,
  • Letícia Soares de Araújo Teixeira,
  • Estéfane Kelly Dias Araújo,
  • Misael Santana das Virgens,
  • Rômulo José Vieira,
  • Ana Lys Bezerra Barradas Mineiro

DOI
https://doi.org/10.22256/PUBVET.V11N5.470-475
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 5
pp. 470 – 475

Abstract

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O objetivo desse estudo foi realizar uma investigação epidemiológica da ocorrência de Brucella ovis e Brucella abortus nos rebanhos ovinos de municípios pertencentes à microrregião de Teresina, Piauí, Brasil. Foram analisadas amostras de 521 animais. A colheita de sangue foi realizada por venopunção e os tubos contendo as amostras foram encaminhados ao Laboratório de Fisiopatologia da Reprodução dos Animais Domésticos da Universidade Federal do Piauí para posterior análise. A pesquisa de anticorpos anti-Brucella ovis e anti- Brucella abortus foi realizada por meio das técnicas de Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA) e Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) respectivamente. Aos proprietários dos rebanhos foi aplicado um questionário contendo questões sobre os aspectos gerais da propriedade, do rebanho, manejo reprodutivo e sanitário dos animais. Não foram encontrados animais soropositivos para Brucella abortus. 53,6% das propriedades investigadas apresentaram pelo menos um caso de ovino soropositivo para Brucella ovis pelo teste de IDGA. 4,6% das amostras foram positivas para anticorpos anti- Brucela ovis. Das amostras positivas, 8,67% eram fêmeas e 1,02% machos. 13,6% das amostras positivas foram de animais com idade superior a 36 meses. O principal tipo de sistema de criação foi o extensivo. Em 28,6% das propriedades foi relatada a ocorrência de abortos. 7,1% das propriedades não realizavam nenhum manejo sanitário e somente 39,2% das propriedades recebiam algum tipo de assistência técnica. Com base nos achados deste estudo pode se concluir que a microrregião de Teresina está exposta a contaminação por Brucella ovis e o manejo sanitário e reprodutivo nas propriedades é deficiente, assim como a assistência técnica é pouco requisitada pelos produtores, prejudicando o controle e prevenção da brucelose ovina.

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