Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (Jan 2001)

Hipertensos. Que conhecimentos? Que atitudes?

  • Carlos Prior,
  • Helena Baía,
  • Maria Da Luz Martins,
  • Teresa Lopes,
  • Rui Vieira

DOI
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v17i1.9822
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 1

Abstract

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Objectivos: Avaliar o nível de conhecimentos dos doentes hipertensos em relação à hipertensão arterial e a sua atitude face à medicação anti-hipertensiva. Conhecer as variáveis que podem influenciar os conhecimentos, a atitude e o controlo da hipertensão arterial. Tipo de estudo - Transversal, analítico. Local: Centro de Saúde Fernão de Magalhães, Coimbra. População: Hipertensos inscritos no Centro de Saúde. Métodos: De 2323 hipertensos foi extraída uma amostra aleatória sistemática, constituída por 332 indivíduos. Os contactos foram efectuados de Fevereiro a Abril de 1995. Foi aplicado um questionário, previamente testado, constituído por 18 perguntas para avaliação dos conhecimentos e 4 para a atitude. Foram estudadas as variáveis sexo, grupo etário, escolaridade, tempo de evolução da hipertensão, conhecimentos sobre hipertensão, atitude face à terapêutica anti-hipertensiva e controlo da hipertensão. Procedeu-se ao estudo descritivo das variáveis. As hipóteses foram estudadas com teste de independência qui-quadrado, programa Microstat. Resultados: Responderam 78% de hipertensos. 66% do sexo feminino. 60% tinham mais de 64 anos. 78% tinham conhecimentos bons/muito bons. As pessoas de 45 a 64 anos foram as que mostraram possuir maior nível de conhecimentos. 60% tinham atitude positiva face à terapêutica. O nível de conhecimentos influenciou positivamente a atitude face à terapêutica e o controlo da hipertensão arterial, com diferenças estatisticamente significativas. Conclusões: A maioria revelou um bom nível de conhecimentos. Será um bom investimento promover a aquisição de conhecimentos, uma vez que estes influenciam a atitude e o controlo da hipertensão arterial.

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