Revista de Saúde Pública (Dec 1993)

Relação entre a patogenicidade do Schistoma mansoni em camundongos e a susceptibilidade do molusco vetor: II. Número de ovos nas fezes e número e tamanho dos granulomas nas vísceras

  • Eliana Maria Zanotti-Magalhães,
  • Luiz Augusto Magalhães,
  • José Ferreira de Carvalho

DOI
https://doi.org/10.1590/s0034-89101993000600003
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 6
pp. 412 – 420

Abstract

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Estudou-se a influência da susceptibilidade de moluscos vetores do S. mansoni no desenvolvimento da patogenicidade do trematódeo no hospedeiro definitivo. Foram utilizadas progênies de moluscos Biomphalaria tenagophila e Biomphalaria glabrata selecionadas para o caráter susceptibilidade ao S. mansoni das linhagens SJ e BH, respectivamente. Cercárias oriundas das gerações P, F1 F2, F3 e F4 foram usadas para a infecção de camundongos Swiss, que foram sacrificados oito semanas após a exposição às larvas. Por esta ocasião verificou-se o número de ovos nas fezes e o número de granulomas no fígado, baço e intestino. Avaliou-se também o tamanho das reações granulomatosas nestas vísceras. Concluiu-se que a maior susceptibilidade de B. tenagophila induziu a uma maior eliminação de ovos do parasita nas fezes. Verificou-se maior número de granulomas por área de tecido hepático em roedores infectados com cercárias oriundas de moluscos mais susceptíveis. Nos mesmos roedores, constatou-se relação inversa entre a área dos granulomas esplênicos, hepáticos e intestinais e a taxa de infecção dos moluscos que forneceram as cercárias para a infecção dos camundongos.

Keywords