Heringeriana (Nov 2014)

O meio fí­sico e o planejamento da Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasí­lia

  • Carlos Christian Della Giustina,
  • João Batista Chaves Neto

DOI
https://doi.org/10.17648/heringeriana.v2i2.72
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 2

Abstract

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A caracterização do meio fí­sico exerce importante papel também para o entendimento dos processos ecológicos que regem as áreas naturais, presentes em Unidades de Conservação. Esta abordagem ainda é pouco explorada, no âmbito do manejo e da conservação. A geologia é o elemento básico das paisagens, pois molda o relevo e, consequentemente, modifica a configuração da rede hí­drica. Um estudo de caso no qual o meio fí­sico contribui para o planejamento de uma unidade de conservação é apresentado no presente artigo e seus resultados farão parte do Plano de Manejo da Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasí­lia, no Distrito Federal. Trata-se de uma abordagem integrada entre geologia, solos, declividade, recursos hí­dricos e fitofisionomias do cerrado. Ressalta-se que é o primeiro mapeamento de solos da EEJBB na escala 1:10.000 e que foi fundamental para o planejamento desta Unidade. A combinação dos componentes do meio fí­sico modela os tipos de ecossistemas observados na natureza. Observou-se que os metarritmitos encontrados na Estação estão associados ao relevo plano e de baixa declividade, aos latossolos e ao cerrado sentido restrito. Ou seja, a geologia, evidentemente sob a influência do clima determina o tipo de ecossistema. Da mesma forma, a geologia também vai determinar outras configurações de relevo, que influenciará outras formas vegetacionais como altas declividades com cambissolos e com campos, gleissolos háplicos com campos úmidos e gleissolos melânicos com matas ciliares, associados a fundos de vale

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