Brazilian Journal of Psychiatry (Jun 2009)

Neuropsychological differences between attention deficit hyperactivity disorder and control children and adolescents referred for academic impairment Diferenças neuropsicológicas entre crianças e adolescentes portadores de transtorno da falta de atenção com hiperatividade e controles encaminhados por comprometimento acadêmico

  • Gabriel Coutinho,
  • Paulo Mattos,
  • Leandro F. Malloy-Diniz

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462009000200011
Journal volume & issue
Vol. 31, no. 2
pp. 141 – 144

Abstract

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OBJECTIVE: To compare the performances of children and adolescents with attention deficit hyperactivity disorder with a group of control comparison subjects, both taken from a large clinical sample, using some of the most widely employed attention-based Brazilian tests. METHOD: The performances of 186 children and adolescents with attention deficit hyperactivity disorder were compared to that of 80 control individuals based on attention and working memory scores. Both groups had been referred due to academic impairment. All individuals were submitted to the TAVIS-3 sustained, shifted and focused attention tests, as well as to the working memory tests that make up the WISC-III Freedom from Distractibility Index (Digit Span and Arithmetic). RESULTS: The control group was slightly older than the attention deficit hyperactivity disorder group (p = 0.07); IQ and schooling did not differ between groups (p = 0.34 and p = 0.38, respectively). While performing a test requiring sustained attention for a longer period of time, the attention deficit hyperactivity disorder group showed a significantly higher number of commission errors compared to the controls, thus presenting sustained attention deficits (p = 0.003); when the influence of IQ, age and schooling was reduced, the attention deficit hyperactivity disorder group also made more omission errors during a sustained attention task in comparison to the control group, thus achieving a borderline significance level (p = 0.08); the attention deficit hyperactivity disorder group also performed worse in Digit Span forward and backward (p = 0.013 and p = 0.01, respectively) and in Arithmetic (p = 0.008). Other scores did not achieve significance. CONCLUSION : Our findings suggest that some of the most commonly used Brazilian attention-based tests - especially the sustained attention and working memory tests - may be useful to help distinguish subjects with attention deficit hyperactivity disorder from control subjects.OBJETIVO: Comparar o desempenho de crianças e adolescentes portadores de transtorno da falta de atenção com hiperatividade e controles de amostra clínica ampla utilizando alguns dos testes de atenção brasileiros mais utilizados. MÉTODO: Desempenho de 186 crianças e adolescentes com transtorno da falta de atenção com hiperatividade foi comparado a 80 controles em medidas de atenção e memória operacional. Ambos os grupos foram encaminhados devido ao comprometimento acadêmico. Todos os participantes foram submetidos a testes de sustentação, alternância de conceitos e seletividade da atenção visual (TAVIS-3), além dos testes de memória operacional que compõem o índice de distratibilidade da bateria WISC-III (Span de Dígitos e Cálculos). RESULTADOS: O grupo controle era um pouco mais velho que grupo de portadores (p = 0,07); QI e escolaridade não diferiram entre grupos (p = 0,34 e p = 0,38, respectivamente). Controlando as influências do QI, idade e escolaridade, o grupo de portadores apresentou número de erros por ação em tarefa de sustentação da atenção significativamente maior que os controles (p = 0,003); o grupo de portadores também apresentou mais erros por omissão em tarefa de sustentação da atenção, atingindo nível de significância limítrofe (0,08). O grupo transtorno da falta de atenção com hiperatividade também teve desempenho comprometido no Span de Dígitos ordem direta e reversa (p = 0,013 e p = 0,01, respectivamente) e em Cálculos (p = 0,008). Outras medidas não alcançaram significância estatística. CONCLUSÃO: Nossos achados podem sugerir que alguns dos testes de atenção mais utilizados em nosso meio podem ser úteis na discriminação de portadores de transtorno da falta de atenção com hiperatividade e controles, especialmente tarefas de sustentação da atenção e memória operacional.

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