Revista Polis e Psique (Jan 2021)

Uma relação possível entre os inclassificáveis e a modernidade líquida

  • Talita Noronha Alves,
  • Juliana Fonsêca de Almeida Gama

DOI
https://doi.org/10.22456/2238-152X.104744

Abstract

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Psicanálise e sociologia sempre caminharam juntas, pois compõem partes de um todo que formam as sociedades. Freud cria a psicanálise e as estruturas clinicas como conhecemos hoje. Contudo, apenas com Lacan a psicose foi melhor elucubrada teórica e clinicamente. Depois, com Miller e a “formalização” do termo “psicose ordinária”, em 1998, eis os “inclassificáveis”, que escampam às normatizações freudianas. Na sociologia, Bauman cunha o termo “Modernidade Líquida”, na qual novas formas de manifestação dos sintomas são elaborados, e cuja explicação pode ser ensaiada pela nova multiplicidade de referenciais, diante dos quais os sujeitos se veem convocados a produzir um sinthoma que lhes supra o antigo universal Nome-do-Pai. A partir desta relação, pretende-se discutir quais as relações entre a pós modernidade de Bauman e as novas formas de amarração dos sujeitos, através de revisão bibliográfica das obras de Freud, Lacan e Miller na psicanálise; e de Zygmunt Bauman, na sociologia.

Keywords