A contemporaneidade é marcada por uma sociedade midiatizada, na qual a mídia exerce influência sobre todas as instâncias sociais, abrangendo a saúde. Nesse cenário, incluem-se interesses, instituições e atores como partes integrantes do processo de engendramento das notícias. Sendo assim, a partir das interlocuções entre o campo da comunicação e saúde (CeS) e o campo da saúde coletiva, entende-se que o direito à comunicação é indissociável do direito à saúde e, por isso, a divulgação midiática das necessidades de saúde deveria corresponder às principais demandas populacionais inerentes a um território. Nesse sentido, este artigo objetiva discutir a (não) divulgação midiática das necessidades de saúde e refletir sobre o direito à comunicação como um direito social fundamental ao pleno exercício da cidadania e garantia do direito à saúde, no contexto de uma sociedade midiatizada.