Revista Brasileira de Ortopedia (Apr 2011)

Fraturas da diáfise da tíbia Tibial shaft fractures

  • Kodi Edson Kojima,
  • Ramon Venzon Ferreira

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-36162011000200002
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 2
pp. 130 – 135

Abstract

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A fratura de osso longo mais frequente é a da diáfise da tíbia, e seu tratamento adequado evita o aparecimento de falhas da consolidação, consolidação viciosa e reoperações. Para classificar a fratura ainda se utiliza a classificação AO/OTA, mas vale a pena conhecer a classificação de Ellis, que também inclui a avaliação da lesão das partes moles. A síndrome compartimental é uma associação frequente, e o diagnóstico precoce pode ser feito precocemente com avaliação dos parâmetros clínicos e uma monitorização clínica constante. Feito o diagnóstico, deve-se realizar a fasciotomia. A avaliação da consolidação sempre é difícil, mas o método de RUST pode ajudar nessa avaliação. Avalia-se a radiografia em duas projeções, dando-se pontos para a presença da linha de fratura e a presença de calo ósseo visível. Hoje em dia se discute o dogma das seis horas para a limpeza da fratura exposta. Considera-se de mais importância o início precoce da antibioticoterapia endovenosa e a gravidade da lesão. A questão do fechamento precoce ou tardio da lesão em uma fratura exposta passou por várias fases, com épocas se indicando o fechamento precoce e épocas o tardio. Atualmente se preconiza, sempre que possível, o fechamento precoce da lesão, pois isso diminui o risco de infecção. A fresagem do canal quando da introdução da haste intramedular ainda é um assunto controverso. Apesar de fortes posições pessoais a favor da fresagem, os estudos mostram haver alguma vantagem nas fraturas fechadas, mas não nas expostas.The long-bone fractures occur most frequently in the tibial shaft. Adequate treatment of such fractures avoids consolidation failure, skewed consolidation and reoperation. To classify these fractures, the AO/OTA classification method is still used, but it is worthwhile getting to know the Ellis classification method, which also includes assessment of soft-tissue injuries. There is often an association with compartmental syndrome, and early diagnosis can be achieved through evaluating clinical parameters and constant clinical monitoring. Once the diagnosis has been made, fasciotomy should be performed. It is always difficult to assess consolidation, but the RUST method may help in this. Radiography is assessed in two projections, and points are scored for the presence of the fracture line and a visible bone callus. Today, the dogma of six hours for cleaning the exposed fracture is under discussion. It is considered that an early start to intravenous antibiotic therapy and the lesion severity are very important. The question of early or late closure of the lesion in an exposed fracture has gone through several phases: sometimes early closure has been indicated and sometimes late closure. Currently, whenever possible, early closure of the lesion is recommended, since this diminishes the risk of infection. Milling of the canal when the intramedullary nail is introduced is still a controversial subject. Despite strong personal positions in favor of milling, studies have shown that there may be some advantage in relation to closed fractures, but not in exposed fractures.

Keywords