Revista Brasileira de Anestesiologia (Oct 2011)

O efeito dos anestésicos inalatórios halotano e sevoflurano em um modelo experimental de lesão hepática

  • Andrea Fogaça Soubhia,
  • Susi Lauz,
  • Edna Frasson de Souza Montero,
  • Alessandro Menezes,
  • Luciane Bicca Mespaque,
  • Emilio Facin

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942011000500009
Journal volume & issue
Vol. 61, no. 5
pp. 597 – 603

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A lesão hepática pós-anestesia inalatória ainda é controversa. Estudos sugerem que agentes inalatórios geram uma resposta imune que pode provocar lesões hepáticas. O objetivo deste estudo é analisar o efeito dos anestésicos inalatórios halotano e sevoflurano no fígado de ratos submetidos à hipóxia e à reperfusão. MÉTODO: Foram utilizados 30 ratos Wistar pré-tratados com fenobarbital 0,1% por cinco dias, com suspensão da medicação 24 horas antes do experimento, a fim de provocar a lesão hepática. Os animais foram distribuídos em cinco grupos com seis ratos cada. O Grupo C foi o de controle, sem qualquer tipo de tratamento; o Grupo F foi aquele no qual se induziu lesão hepática com fenobarbital; o Grupo Hipóxia foi exposto a 14% de oxigênio (O2); o Grupo H recebeu halotano 1% e 14% de O2; e o Grupo S recebeu sevoflurano 2% e 14% de O2. Contadas 24 horas após a exposição dos gases, realizaram-se coletas de sangue para avaliação de transaminases (AST e ALT) e de amostras de fígado para avaliação histológica. Foram usados os testes de Análise de Variância não paramétrica de Kruskal-Wallis e, para comparação de médias, os testes de Newman-Keuls. RESULTADOS: A atividade enzimática revelou que os valores de média amostral de AST (280,33 para halotano, 181 para sevoflurano) e ALT (235 para halotano e 48,33 para sevoflurano) não indicaram diferença estatística significativa; os grupos testados apresentaram valores elevados. O sevoflurano, quando comparado com o halotano à microscopia óptica, apresentou índices menores de alteração morfológica, com p = 0,045 para esteatose, p = 0,0075 para infiltrado inflamatório e p = 0,0074 para necrose. CONCLUSÕES: O Grupo sevoflurano, quando comparado ao Grupo halotano, não apresentou lesão no parênquima hepático quando avaliado por microscopia óptica.

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