Revista CEFAC ()

O desenvolvimento da percepção dos contrastes mínimos na língua brasileira de sinais em um grupo de Codas

  • Diéssica Zacarias Vargas,
  • Carolina Lisbôa Mezzomo,
  • Themis Maria Kessler

DOI
https://doi.org/10.1590/1982-021620161842016
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 4
pp. 835 – 842

Abstract

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RESUMO Objetivo: verificar o surgimento e a estabilização da percepção dos contrastes mínimos da Língua Brasileira de Sinais, crianças ouvintes filhas de pais surdos. Métodos: foram analisadas nove coletas das habilidades perceptuais em Língua Brasileira de Sinais de crianças ouvintes, filhas de pais surdos com idades entre dois e nove anos. O instrumento aplicado foi composto de 35 pares mínimos, sinais que variavam em somente um parâmetro, podendo esse ser: configuração de mão, locação, movimento ou orientação. Realizou-se análise estatística com nível de significância de 5%, e foram utilizados o teste de comparação de Friedman e Wilcoxon, além da correlação de Spearman. Resultados: o parâmetro movimento é percebido mais facilmente do que os demais contrastes. Seguido dos parâmetros locação e configuração de mão, que atuam de maneira semelhante na percepção dos aprendizes desta língua. O contraste mais difícil de ser percebido refere-se à orientação. Quanto mais tempo de contato com a língua, melhor o desempenho das Codas na percepção dos contrastes mínimos. Conclusão: por meio do instrumento de percepção constatou-se quais os parâmetros são percebidos primeiramente pelos aprendizes. O parâmetro movimento foi mais facilmente percebido, seguido da locação e configuração de mão, já a orientação foi o último a ser adquirido.

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