Revista Portuguesa de Cardiologia (May 2019)

Long-term assessment of the Ross procedure in adults: Clinical and echocardiographic follow-up at 20 years

  • Sara Guerreiro,
  • Márcio Madeira,
  • Regina Ribeiras,
  • João Queiroz e Melo,
  • Manuel Canada,
  • Eduarda Horta,
  • Carla Reis,
  • José Pedro Neves,
  • Miguel Mendes

Journal volume & issue
Vol. 38, no. 5
pp. 315 – 321

Abstract

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Introduction: The Ross procedure is an alternative to standard aortic valve (AV) replacement in young and middle-aged patients. However, durability and incidence of reoperation remain a concern for most cardiac surgeons. Our aim was to assess very long-term clinical and echocardiographic outcomes of the Ross procedure. Methods: We conducted a single-center retrospective analysis of 56 consecutive adult patients who underwent the Ross procedure. Mean age at surgery was 44±12 years (range, 16-65 years) and 55% were male. Clinical endpoints included overall mortality and the need for valve reoperation due to graft failure. The echocardiographic endpoint was the presence of any graft deterioration. Median clinical follow-up was 20 years (1120 patient/years). Results: Indications for surgery were dominant aortic stenosis in 50% and isolated aortic regurgitation in 21%. Concomitant mitral valve repair was performed in 21% and a subcoronary technique was most commonly used (86%). Overall long-term survival was 91%, 80% and 77% at 15, 20 and 24 years, respectively. The survival rate was similar to the age- and gender-matched general population (p=0.44). During the follow-up period, freedom from graft reoperation was 80%. Eleven patients (31%) developed moderate AV regurgitation, three (8.6%) developed moderate pulmonary regurgitation and one (2.9%) presented moderate pulmonary stenosis. Conclusion: The Ross procedure, mostly using a subcoronary approach, proved to have good clinical and hemodynamic results, with low reoperation rates in long-term follow-up. Moderate autograft regurgitation was a frequent finding but had no significant clinical impact. Resumo: Introdução: A cirurgia de Ross é uma alternativa à utilizada na substituição da válvula aórtica em indivíduos jovens e de meia-idade. Contudo, a durabilidade e a incidência da reoperação permanecem uma preocupação para os cirurgiões cardíacos. O objetivo foi avaliar os resultados clínicos e ecocardiográficos a longo prazo da cirurgia de Ross. Métodos: Análise retrospetiva de centro-único em que foram analisados 56 doentes adultos consecutivos submetidos à cirurgia de Ross. A idade média na cirurgia foi 44±12 anos (intervalo, 16 a 65 anos) e 58% homens. Os endpoints clínicos incluíram mortalidade global e reintervenção valvular por falência de um dos enxertos. Os endpoints ecocardiográficos incluíram presença de deterioração valvular dos enxertos. A mediana do seguimento clínico foi 20 anos (1.120 doentes/ano). Resultados: A indicação operatória foi, em 50% dos doentes, predomínio de estenose aórtica e 21% de regurgitação. A cirurgia valvular mitral concomitante foi realizada em 21% e a técnica subcoronária foi a mais utilizada (86%). A sobrevida foi 91%, 80% e 77% aos 15, 20 e 24 anos, respetivamente, sendo sobreponível à da população em geral, ajustada para a idade e sexo (p=0,44). A sobrevida-livre de reoperação foi 80%. Onze doentes (31%) apresentavam regurgitação aórtica moderada; 3 (8,6%) regurgitação pulmonar moderada e 1 doente (2,9%) estenose pulmonar moderada. Conclusão: A cirurgia de Ross, em que foi usada maioritariamente a abordagem subcoronária, mostrou bons resultados clínicos e hemodinâmicos, com baixas taxas de reoperação no seguimento a longo prazo. A regurgitação moderada do autoenxerto foi uma constatação frequente embora sem impacto clínico considerável. Keywords: Ross procedure, Aortic valve replacement, Long-term outcome, Palavras-chave: Cirurgia de Ross, Substituição da válvula aórtica, Seguimento a longo prazo