Hansenologia Internationalis (Nov 1999)
Hanseníase experimental murina:
Abstract
Considerando as vias aereas superiores como a mais provavel porta de entrada do M. teprae no organismo, no presente estudo avaliou-se 0 comportamento do bacilo inoculado experimentalmente via intranasal. Assim, camundongos Suiços foram inoculados por instilação nasal com M. teprae e sacrificados em diferentes periodos de tempo. Em cada sacrificio os pulmoes foram removidos e submetidos ao lavado broncoalveolar (LBA) e analise histopatológica. 0 LBA foi avaliado quanto ao numero de bacilos recuperados e numero total e diferencial de celulas inflamatórias; foi ainda semeado em meios de cultivo Lowenstein-Jensen e Middlebrook 7H9 e 7Hll. No LBA foram encontrados bacilos ate 0 6Q mes de inoculação; nao houve crescimento de micobacterias nas culturas. 0 numero total de celulas, linfócitos e neutrófilos do LBA obtido de camundongos infectados foi maior que o do grupo controle ate 0 6Q mes da experimentação. Aanalise histopatológica revelou pequenos infiltrados celulares distribuidos pelo parenquima pulmonar e ao redor de vasos ate 0 62 mes de sacrificio; nao foram observadas lesoes de disseminação. Os resultados obtidos revelam que a inoculação de M. leprae, via intranasal, em camundongos Suiços, nao levou ao desenvolvimento da doença nem a multiplicação dos bacilos; assim estudos adicionais envolvendo outras linhagens de camundongos poderao ser uteis para determinar a importancia da via intranasal na infecção hansenica.
Keywords