As malformações congênitas anorretais são raras em cães e gatos filhotes, sendo que a atresia anal associada à fístula retovaginal é uma das mais frequentemente encontradas. O seu diagnóstico baseia-se nos achados clínicos e no exame físico. O tratamento consiste na correção cirúrgica pela reconstrução vaginal e da porção final do reto. O objetivo deste estudo é relatar um caso de atresia anal tipo IV associada à fístula retovaginal em uma cadela, sem raça definida, de um mês de idade, submetida à cirurgia corretiva de anoplastia. É relatada a técnica cirúrgica utilizada na paciente, bem como as complicações pós-operatórias que a mesma desenvolveu decorrente da afecção em questão, o tratamento terapêutico e cirúrgico instituído. O diagnóstico rápido associado à melhor escolha de tratamento, a reconstrução do orifício anal, mostraram-se eficaz e permitiram a manutenção das funções normais dos tratos geniturinário e gastrointestinal da paciente, apesar das complicações secundárias desenvolvidas por se tratar de uma cirurgia em uma região contaminada.