Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (Jun 2014)

MELANOMA CUTÂNEO PRIMÁRIO: COMPLICAÇÃO DE TRATAMENTO COM INFLIXIMAB?

  • Bárbara Fernandes,
  • Francisco Portela,
  • José Paulo Magalhães,
  • Manuel Sereijo

DOI
https://doi.org/10.29021/spdv.71.2.179
Journal volume & issue
Vol. 71, no. 2

Abstract

Read online

Doente do sexo masculino, com 58 anos de idade, observado na Consulta de Dermatologia por lesão heterogeneamente pigmentada, circular, com 15mm de maior diâmetro, localizada à parede abdominal. O doente afirmava ter nessa localização um “sinal com mais de 30 anos”, que no entanto tinha “começado a crescer” desde há 3 anos. A lesão foi submetida a excisão cirúrgica sob anestesia local, cujo estudo histológico confirmou o diagnóstico clínico de Melanoma Maligno com 0,65 mm de espessura. Na sua história clínica destacava-se o seguimento na consulta de Gastroenterologia dos CHUC por colite ulcerosa, tendo iniciado, por falência da terapêutica prévia (5-ASA, corticosteroides, azatioprina) tratamento com Infliximab 5mg/Kg endovenoso há 3 anos. Perante o diagnóstico de Melanoma Maligno foi efetuado alargamento das margens de excisão e estabelecido contacto com o Gastroenterologista assistente, tendo sido suspensa a terapêutica com Infliximab. Conclusão: O nosso caso realça a necessidade de uma observação dermatológica completa antes do início da terapêutica anti-TNF-α bem como da realização de consultas de follow-up regulares.

Keywords