Cadernos de Saúde Pública (Sep 2000)

Diagnóstico de amebíase intestinal utilizando métodos coproscópicos e imunológicos em amostra da população da área metropolitana de Belém, Pará, Brasil Diagnosis of intestinal amebiasis using coproscopic and immunological methods in a population sample in Greater Metropolitan Belém, Pará, Brazil

  • Marinete Marins Póvoa,
  • José Eduardo Gomes Arruda,
  • Mônica Cristina de Moraes Silva,
  • Cléa Nazaré Carneiro Bichara,
  • Paulo Esteves,
  • Yvone Benchimol Gabbay,
  • Ricardo Luiz Dantas Machado

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2000000300032
Journal volume & issue
Vol. 16, no. 3
pp. 843 – 846

Abstract

Read online

O artigo expõe a comparação de métodos de diagnóstico de Entamoeba histolytica em amostra da população de Belém do Pará. Foram analisadas amostras fecais de crianças e adultos (Grupo I), amostras fecais e soros de adultos (Grupo II) e material fecal de crianças (Grupo III). Nos grupos I e III foram empregados os métodos direto com lugol (MD), Faust e cols. (MFF) e ELISA (detecção de coproantígeno anti-GIAP de E. histolytica); no grupo II, MD, hematoxilina férrica (HF), MFF, ELISA e reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para detecção de anticorpos IgG. A positividade encontrada foi de 10,50%, empregando (MD + MFF) e de 28,99% pelo ELISA. Não houve correlação entre positividade e grupo etário. No Grupo II (n = 87), a positividade encontrada foi de 4,59% pelos métodos coproscópicos (MD + MFF), 8,04% por HF, 4,59% pela RIFI e 21,83% pelo ELISA. O teste de ELISA foi o mais sensível para todos os grupos. Conclui-se que a RIFI ainda não é ferramenta útil para diagnóstico desta protozoose. O teste de ELISA, de fácil execução, foi feito em 1/3 do tempo usado para HF e RIFI, melhorando a qualidade do diagnóstico. Recomenda-se o ELISA como método de diagnóstico nos caso suspeitos de infecções com E. histolytica.We compare diagnostic methods for Entamoeba histolytica in fecal samples from the city of Belém, Pará, Brazil. We analyze stool samples from children and adults (Group I); stool and serum samples from adults (Group II); and stool samples from children (Group III). In groups I and III, we used direct examination with lugol (DM), Faust et al (FM), and ELISA (detection of E. histolytica anti-GIAP coproantigen) and in group II, DM, iron hematoxylin staining (IHS), FM, ELISA, and the indirect immunofluorescence test (IFAT) for detection of IgG antibodies. Positivity was 10.50% by DM plus FM and 28.99% by ELISA. There was no correlation between positivity and age group. In Group II (n = 87), the positive rate was 4.59% by DM plus FM, 8.04% by IHS, 4.59% by IFAT, and 21.83% by ELISA. The ELISA test was the most sensitive for all groups. IFAT alone is still not a useful tool for diagnosis of E. histolytica infection. The ELISA test is simple, performed in one-third of cases used for IHS and IFAT, and greatly improves quality of diagnosis. We recommend this as the method of choice for diagnosis of suspected E. histolytica infection.

Keywords