Saúde e Sociedade (Sep 2011)

Estereótipos de gênero e sexismo ambivalente em adolescentes masculinos de 12 a 16 anos Ambivalent sexism and gender stereotyping in male adolescents aged 12 to 16 years

  • Marcos Mesquita Filho,
  • Cremilda Eufrásio,
  • Marcos Antônio Batista

DOI
https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000300003
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 3
pp. 554 – 567

Abstract

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A discriminação e a violência contra o gênero feminino associam-se a representações distorcidas da mulher. Este trabalho tem o objetivo de mensurar a existência de preconceitos nas manifestações dos estereótipos de gênero e sexismo ambivalente, em adolescentes masculinos de 12 a 16 anos. Em um estudo transversal, aplicaram-se três questionários (sociodemográfico, Gender stereotyping, Inventário do Sexismo Ambivalente) a 787 estudantes de 11 escolas públicas. Nos resultados, detectou-se a presença de estereótipos de gênero. Houve diferença significante entre alunos de escolas estaduais e municipais e também nos alunos que estudavam em bairros de poder aquisitivo elevado em relação aos demais. O sexismo, também presente, apresentou-se significantemente mais benévolo que hostil. O escore para o componente benévolo variou conforme a escola cursada. O hostil não foi influenciado pelas variáveis estudadas. Os achados corroboram a existência de estereótipos de gênero e sexismo ambivalente nos adolescentes masculinos e a necessidade de desenvolvimento de ações e políticas para sua erradicação.Discrimination and violence against the female gender are associated with distorted representation of women. This paper aims at measuring the existence of prejudice in the manifestations of ambivalent sexism and gender stereotypes in male adolescents aged 12 to 16 years. Three questionnaires (socio-demographic, Gender stereotyping, Ambivalent Sexism Inventory) were applied to 787 students of 11 public schools in a cross-sectional study. The results pointed out to the presence of gender stereotypes. There was a significant difference between students of state and city schools and also between those who studied in neighborhoods presenting a higher economic status in comparison to the others. Sexism presented itself significantly more benevolent than hostile. The score to the benevolent component varied according to the attended school, while the hostile one was not influenced by the studied variables. These results corroborate the existence of gender stereotypes and ambivalent sexism in male adolescents and the necessity of developing actions and policies to their eradication.

Keywords