Saúde em Debate (Sep 2024)

Multifatorialidade da regulação assistencial para sustentabilidade do território e da regionalização

  • Débora Mendonça Amaral de Holanda Cavalcanti,
  • Ronald Pereira Cavalcanti,
  • Rogério Fabiano Gonçalves,
  • Keila Silene de Brito e Silva,
  • Daiane Cordeiro dos Santos,
  • Vinicius Paz dos Santos,
  • Adriana Falangola Benjamin Bezerra

DOI
https://doi.org/10.1590/2358-289820241428705p
Journal volume & issue
Vol. 48, no. 142

Abstract

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RESUMO A regionalização é um processo de governança lógico, potente e indispensável no cenário da política de saúde. Diante dos desafios postos a uma regionalização solidária, que viabilize a universalidade do acesso, equidade e integralidade do cuidado, foi implantada a pioneira Rede Interestadual de Saúde do Vale do Médio São Francisco, na região entre os estados de Pernambuco e Bahia (Rede Peba). O estudo analisou a complexa relação gerencial que envolve, na coordenação do cuidado, agentes públicos e privados. A abordagem foi qualitativa, tendo como foco o processo de regionalização da Rede Peba, por meio da regulação assistencial, sob a perspectiva dos gestores, profissionais dos serviços e usuários. A análise da associação oferta-produção-fila de espera permite constatar que a qualificação da gestão da clínica e do processo de encaminhamento e necessidade de organização e comunicação são imprescindíveis para garantir acesso oportuno. Do contrário, ocorrem efeitos diretos no absenteísmo, impactando no aumento das filas, exigindo uma abordagem sistêmica e multifatorial para organização do processo regulatório. Fica evidente a necessidade de arranjos organizacionais envolvendo todos os atores no processo de formulação e desenvolvimento das políticas públicas de saúde, a fim de superar barreiras para a coordenação do cuidado e a integralidade em saúde.

Keywords