Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (Dec 2014)

Maturidade de potros nascidos de éguas com placentite

  • L.S. Feijó,
  • B.R. Curcio,
  • C. Haetinger,
  • F.M. Pazinato,
  • S. Kasinger,
  • R.S. Dos Santos,
  • S.R.L. Ladeira,
  • C.E.W. Nogueira

DOI
https://doi.org/10.1590/1678-7635
Journal volume & issue
Vol. 66, no. 6
pp. 1662 – 1670

Abstract

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Objetivou-se descrever a maturidade neonatal através da resposta clínica, comportamental e hematológica de potros nascidos de éguas com placentite. Participaram do estudo seis potros nascidos de éguas submetidas à indução experimental de placentite ascendente através da infusão intracervical de Streptococcus equi subespécie zooepidemicus e tratadas com Sulfa-trimetoprim e Flunixin meglumine. A formação dos grupos neonatais foi realizada de acordo com o grau de viabilidade e sobrevivência até 60 horas: Grupo Não Sobreviventes (n=2); Grupo Debilitados (n=2); Grupo Saudáveis (n=2). Foi considerado o tempo de gestação, período de intervalo inoculação-parto, avaliação comportamental, clínica e hematológica. O Grupo dos potros Saudáveis apresentou maior tempo de gestação (320±2 dias) e maior intervalo inoculação-parto (20,5±2,5 dias). Os Grupos Não Sobreviventes e Debilitados apresentaram atraso para decúbito esternal e reflexo de sucção. Foi observada bradicardia e hipotermia com 48h de vida no Grupo Não Sobreviventes. Os potros do Grupo Não Sobreviventes e Saudáveis apresentaram leucopenia no nascimento com discretas variações até as 48h. Os potros nascidos de éguas com placentite ascendente e tratadas demonstraram evolução clínica e respostas neonatais distintas. Conclui-se que, quanto maior o tempo de manutenção da gestação após a injúria placentária, melhor será a maturação fetal, o que refletirá em viabilidade e melhor capacidade de resposta neonatal.

Keywords