Revista Brasileira de Fruticultura (Sep 2008)
Quantificação de clorofilas em folhas de macieiras 'Royal Gala' e 'Fuji' com métodos ópticos não-destrutivos Quantification of chlorophylls in leaves of 'Royal Gala' and 'Fuji' apple trees with non-destructive optical methods
Abstract
O método-padrão para a quantificação de clorofilas em folhas é destrutivo e relativamente demorado. Com o advento dos medidores portáteis, a quantificação de clorofilas tornou-se fácil e rápida, podendo ser realizada de forma não-destrutiva a campo. Colorímetros também podem ser utilizados para a avaliação não-destrutiva da coloração de tecidos vegetais, e, portanto, para a quantificação de clorofilas em folhas. Este trabalho foi conduzido visando a avaliar a viabilidade de utilização de um colorímetro, como alternativa à utilização do medidor portátil de clorofila, para a quantificação não-destrutiva de clorofilas em folhas de macieiras 'Royal Gala' e 'Fuji'. Folhas de ambas as cultivares, com tonalidades variando de verde- amarelada (folha clorótica) a verde-escura, foram avaliadas individualmente, com um medidor de clorofila (Minolta SPAD-502) e um colorímetro (Minolta CR-400, no espaço de cores L, C e hº), seguido de quantificações destrutivas de clorofilas a, b e totais. Os valores das leituras do medidor de clorofila e da relação hº/(LxC) do colorímetro aumentaram com o incremento nos teores de clorofilas nas folhas em macieiras 'Royal Gala' e 'Fuji'. Os modelos ajustados entre os teores de clorofilas e as leituras do medidor de clorofila e da relação hº/(LxC) do colorímetro apresentaram valores similares de R², em ambas as cultivares. Os resultados obtidos demonstram que o colorímetro é uma alternativa viável na avaliação não-destrutiva do teor de clorofilas (µg.cm-2 de folha) em macieiras, especialmente de clorofilas a e totais. Para tanto, os valores da relação hº/(LxC) do colorímetro devem ser previamente calibrados com a extração de clorofilas das folhas da cultivar de interesse.The standard method for chlorophylls quantification in leaves is destructive and time consuming. With the development of portable equipments, chlorophylls quantification became easy, quick, and affordable for non-destructive assessment at the field. Chroma meters can also be used to assess non-destructively plant tissues color and, therefore, to quantify chlorophylls in leaves. This work was carried out to evaluate the viability of using a chroma meter as an alternative to the leaf chlorophyll meter for non-destructive quantification of chlorophylls in the leaves of 'Royal Gala' and 'Fuji' apple trees. Leaves of both cultivars, with colors ranging from yellow-green (chlorotic) to dark green, were individually assessed with the chlorophyll meter (SPAD-502) and the chroma meter (Minolta CR-400, at the L, C, and hº color space), and, thereafter, destructively assessed for total chlorophyll and chlorophylls a and b. The chlorophyll meter reading and the hº/(LxC) ratio for the chroma meter increased with the increment of chlorophylls content in the leaves of 'Royal Gala' and 'Fuji' apple trees. The adjusted models between chlorophylls content versus chlorophyll meter readings and the hº/(LxC) ratio for the chroma meter had similar R² in both cultivars. The results show that the chroma meter is a viable alternative for non-destructive assessment of chlorophylls (µg.cm-2) in apple trees, especially of chlorophyll a and total chlorophyll. For that purpose, it requires the calibration between the hº/(LxC) ratio of the chroma meter and the chlorophylls extracted from leaves of concerned cultivar.
Keywords