Revista Uningá (Jun 2008)

Ventilação oscilatória de alta freqüência em neonatologia: série de 25 casos

  • EDSON ARPINI MIGUEL,
  • TELMA SANTANA,
  • SUZANA MARTINS,
  • MARIO EDUARDO VIANNA,
  • MARIO E. NOVAIS,
  • WALTER A. ZIN

Journal volume & issue
Vol. 16, no. 1

Abstract

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Objetivo: descrever uma série de 25 recém-nascidos (RN) internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) submetidos à Ventilação Oscilatória de Alta Freqüência (VOAF) para tratamento de insuficiência respiratória grave sem resolução após período de Ventilação Mecânica Convencional (VMC). Método: Avaliação retrospectiva de série de 25 recém-nascidos (entre 550g e 3987g) submetidos à VOAF, descrita a partir da revisão de prontuários. Foram analisados o Índice de Oxigenação (IO), a variação da fração inspirada de oxigênio (FiO2), a relação da pressão arterial de oxigênio e da FiO2 (PaO2 / FiO2) e a diferença alvéolo arterial de O2 [P(A-a)O2] nas primeiras 48 horas (4hs, 7hs, 12h, 23h e 47h) de uso de VOAF. Resultados: os pacientes evoluíram para alta (n = 14) ou óbito (n = 11) com IO, PaO2/FiO2 e P(A – a)O2 a partir dos mesmos níveis de gravidade. No grupo de alta observou se uma redução na FiO2 com elevação da PaO2/FiO2 após 4,7 horas do uso da VOAF. No mesmo grupo, após 23 horas, o índice de Oxigenação acompanhou esta melhora. Analisando a P(A-a)O2, foi possível estimar a mortalidade em 83% após 23 horas de VOAF nos pacientes em que a P(A-a)O2 manteve-se acima de 250. Comentários: Considerando a extrema gravidade dos pacientes e sendo o uso da VOAF iniciado após a ineficácia da VMC, os resultados do presente estudo demonstram a recuperação de parcela importante do grupo avaliado (14 altas/ 11 óbitos), sendo que as complicações extrapulmonares contribuíram consideravelmente para uma evolução desfavorável.