Oculum Ensaios (Sep 2024)

Longevidade nas moradias e nos ambientes

  • Carmen Pineda Nebot,
  • Silvia Maria Magalhães Costa

DOI
https://doi.org/10.24220/2318-0919v21e2024a10808
Journal volume & issue
Vol. 21

Abstract

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O lugar onde vivemos e envelhecemos pode ser favorável à vida caso atenda às demandas de uma existência digna, desde o cotidiano, até os sonhos e o futuro que projetamos. É na cidade que a vida acontece, seja nos espaços de moradia, seja nos ambientes do entorno residencial influenciado por desafios socioeconômicos e da estrutura física e ambiental. A análise do envelhecimento no Brasil leva em consideração as desigualdades sociais influentes na expectativa de vida e no número de pessoas idosas em cada região, afetadas por oportunidades de trabalho, renda, direitos, acesso a bens públicos e de mercado, educação, entre outros. O número de pessoas idosas no país alcança 32 milhões – 15% da população geral que totaliza cerca de 203 milhões – conforme o Censo 2022. Contar com uma cidade que atenda às demandas das pessoas idosas requer mudanças nas políticas e um entorno construído para responder de maneira adequada às capacidades e recursos dessas pessoas, antecipando-se em respostas flexíveis. Para melhorar a qualidade de vida da população idosa, é necessário superar as barreiras existentes por meio do planejamento urbano e da redefinição dos modelos vigentes, promovendo, assim, a independência e a autonomia ao longo da velhice. Neste artigo analisaremos utilizando uma metodologia exploratória e descritiva, de natureza qualitativa e aplicada, alguns dos problemas que as cidades brasileiras enfrentam em relação aos idosos e proporemos algumas respostas para esses problemas, olhando para as soluções adotadas por cidades de outros países.

Keywords