Revista Espaço Acadêmico (Apr 2021)

Uma palavra de adeus?

  • Natasha Selman

Journal volume & issue
Vol. 3, no. 30

Abstract

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As diferentes culturas não choram e nem enterram seus mortos da mesma forma. Nenhuma morte é sentida pela família enlutada de uma forma universal. Nenhuma pessoa, não importando o quanto ela é familiarizada com os rituais da morte da sua própria religião ou cultura, ou aquela de outras pessoas, pode realmente dizer que não se sente desconfortável quando o assunto da morte de um ente querido é mencionado. A minha reação, como mulher inglesa indo a um funeral budista da minha jovem amiga japonesa, foi uma mescla de tristeza e confusão. A primeira emoção foi talvez a mais natural, e a segunda foi devido à minha falta de conhecimento dos rituais que estavam tendo lugar à minha volta. Eu sabia que como uma antiga aluna de Maya, qualquer faux pas que eu cometesse seria perdoado, se fosse notado, mas de todas formas eu estava bem consciente que eu tinha um papel a cumprir para marcar o fato desta morte, eu não sabia exatamente o que fazer ou dizer. Mas o meu desejo de entender e explicar se originou do meu desconforto em ser uma pequena parte de um ritual estranho, feito em uma língua que eu ainda não tinha dominado. Eu teria sentido o mesmo desconforto participando de um enterro cristão no Reino Unido? Não é provável. Os japoneses se concentram mais que as outras pessoas nas minúcias do funeral que eles assistem?

Keywords