Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Jun 1984)

Assessment of oltipraz in schistosomiasis mansoni clinical trial Avaliação do oltipraz na esquistossomose mansônica. Ensaio clínico

  • Naftale Katz,
  • Roberto S. Rocha,
  • Adelú Chaves

Journal volume & issue
Vol. 26, no. 3
pp. 147 – 151

Abstract

Read online

Seventy three children (6-15 years) and 75 adults (18-47 years) with active schistosomiasis mansoni were treated with oltipraz. All cases had at least 100 eggs per gram of feces as determined by the Kato-Katz technique. Children and adults were divided in two groups receiving respectively 25 or 30 mg/kg, as a single oral dose. Clinical examination, laboratories tests (haemogram, urinalysis, hepatic and kidney functions tests, glycemia, cholesterol, triglicerides, lipoprotein — HLD and LDL) and ECG were performed before, 3 or 7 days and 1 month after treatment. Parasitological control with 3 daily coprological examinations, was done on the 1st, 3rd j 6th month after drug administration. Giddiness, somnolence, headache, nausea, vomiting and abdominal distress were the most frequent side effects. Pain in the finger tips that need further investigations also occurred. No significant alteration in complementary tests were observed, whereas eosinophilia 1 month after treatment was detected, probably indicating worm death. The cure rate in children was 81.8% and 74.2% with 25 and 30 mg/kg respectively, and in adults 75.0% and 81.2% of the patients. No statistical significant difference was observed between cure rate and side effects at different dosages employed, neither between adults nor children. In all groups the percentage of egg reduction in feces in the non cured patients was higher than 96.0%. Further investigation with this new compound is necessary to accomplish the real value of oltipraz in the schistosomiasis chemotherapy.Setenta e três crianças (6 a 15 anos) e 75 adultos (18-47 anos) com esquistossomose mansoni foram tratados com oltipraz. O diagnóstico foi feito através do exame parasitológico quantitativo de Kato-Katz e só os pacientes com 100 ou mais ovos por grama de fezes foram admitidos no ensaio. Crianças e adultos foram divididos em dois grupos cada, os quais eram tratados com 25 ou 30 mg/kg em dose única oral. Exame clínico, testes de laboratório (hemograma, urina rotina, funções hepática e renal, glicose, colesterol, triglicéridas, lipoproteínas HLD e LDL) e eletrocardiograma foram realizados antes, três ou sete dias e um mês após o tratamento. O controle parasitológico foi realizado com três exames de fezes em dias consecutivos no 1.°, 3.° e 6° mês após o tratamento. Tontura, sonolência, cefaléia, náusea, vômitos e dor abdominal foram os efeitos colaterais mais encontrados, bem como "dor nas extremidades" principalmente nos dedos, um sintoma que necessita novos estudos. Não houve alterações nos exames de laboratório a não ser eosinofilia um mês após o tratamento, o que indica provavelmente, a morte de vermes. O índice de cura nas crianças foi de 81,8% e 74,2% com 25 ou 30 mg/kg respectivamente, enquanto nos adultos com 25 mg/kg, 75,0% dos pacientes foram considerados curados e com 30 mg/kg 81,2%. Não houve diferença estatística no que se refere a cura e efeito colateral, quando comparado com as doses usadas, nem entre adultos e crianças. Em todos os grupos a porcentagem de redução do número de ovos nas fezes foi maior que 96,0% nos pacientes não curados.