Brazilian Journal of Psychiatry (Jun 2011)

Common mental disorders in Petrópolis-RJ: a challenge to integrate mental health into primary care strategies Transtornos mentais comuns em Petrópolis-RJ: um desafio para a integração da saúde mental com a estratégia de saúde da família

  • Sandra Fortes,
  • Claudia S. Lopes,
  • Luiz A. B. Villano,
  • Mônica R. Campos,
  • Daniel A. Gonçalves,
  • Jair de Jesus Mari

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462011000200010
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 2
pp. 150 – 156

Abstract

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OBJECTIVE: Common mental disorders are present in more than 50% of patients attending primary care clinics. The main objectives of this study were to detect whether there is any special group of patients within the Family Health Strategy that should be considered to be in greater risk for common mental disorders and to recommend alternative interventions to aid these patients. METHOD: In 2002, a cross-sectional study on common mental disorders seen at Family Health Strategy centers was conducted in Petrópolis, State of Rio de Janeiro. RESULTS: Common mental disorders were associated with women (OR = 2.90; 95% CI 1.82-4.32), younger than 45 years of age (OR = 1.43; 95% CI 1.02-2.01), with a monthly per capita family income of less than US$40.00 (OR = 1.68; 95% CI 1.20-2.39), and without a partner (OR = 1.71; 95% CI 1.22-2.39). Illiteracy was associated with common mental disorders among patients who were not extremely poor. Social support networks such as going often to church (OR = 0.62; 95% CI 0.43-0.89); participating in artistic and sporting activities (OR = 0.42; 95% CI 0.26-0.70) and having at least four trusted relatives or friends (OR = 0.53; 95% CI 0.31-0.91) was inversely associated with common mental disorders. DISCUSSION: Poor women with little social support represent a special group at risk for common mental disorders in the primary care setting. Some countries have developed special interventions to treat patients with common mental disorders in primary care. CONCLUSION: Mental health care programs could include evidence-based psychosocial interventions to assist women in overcoming the vicious circle of poverty and dealing with their mental disorders.OBJETIVO: Transtornos mentais comuns estão presentes em cerca de 50% dos pacientes atendidos nas unidades de atenção primária. Os principais objetivos deste estudo foram investigar a presença de grupos especiais de pacientes na Estratégia de Saúde da Família que devam ser considerados como em maior risco para transtornos mentais comuns e recomendar intervenções alternativas que auxiliem estes pacientes. MÉTODO: Em 2002, um estudo de corte transversal sobre transtornos mentais comuns foi realizado nas unidades do Programa de Saúde da Família em Petrópolis-RJ. RESULTADOS: A presença de transtornos mentais comuns estava associada a ser mulher (OR = 2,90; 95% CI 1,82-4,32), ter menos de 45 anos (OR = 1,43; 95% CI 1,02-2,01), com uma renda per capita familiar menor que U$40,00 (OR = 1,68; 95% CI 1,20-2,39) e sem companheiro (OR = 1,71; 95% CI 1,22-2,39). Analfabetismo se associava a transtornos mentais comuns em pacientes que não eram extremamente pobres. Redes de suporte social, tais como frequentar regularmente a igreja (OR = 0,62; 95% CI 0,43-0,89), participar de atividades esportivas e artísticas (OR = 0,42; 95% CI 0,26-0,70) e ter pelo menos quatro amigos ou parentes em quem se podia confiar (OR = 0,53; 95% CI 0,31-0,91) estavam inversamente associadas a ter transtornos mentais comuns. DISCUSSÃO: Existe um grupo de risco especial para transtornos mentais comuns na atenção primária: mulheres, pobres, com pouco suporte social. Intervenções especiais para que sejam cuidadas na atenção primária têm sido desenvolvidas em outros países. CONCLUSÃO: Intervenções terapêuticas com comprovada evidência científica para apoiar essas mulheres a romper o círculo vicioso de pobreza e transtornos mentais podem ser inseridas nas ações de saúde mental.

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