Jornal Vascular Brasileiro (Jun 2007)

Proteína C reativa e instabilidade clínica na doença obstrutiva de artérias carótidas C-reactive protein and clinical instability in carotid artery obstructive disease

  • Daniele de Oliveira Silva,
  • Luciano Cabral Albuquerque,
  • Luciane Barreneche Narvaes,
  • Marco Antônio Goldani,
  • Giuliano Chagas Pereira

DOI
https://doi.org/10.1590/S1677-54492007000200006
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 2
pp. 124 – 129

Abstract

Read online

CONTEXTO: A atividade inflamatória na aterosclerose vem sendo exaustivamente estudada; entretanto, a relevância da Proteína C Reativa como marcador de instabilidade clínica, na doença obstrutiva de artérias carótidas ainda não encontra-se bem estabelecido OBJETIVO: Identificar se os níveis séricos de proteína C reativa ultra-sensível se associam com a apresentação clínica (estável versus instável) da doença obstrutiva grave das artérias carótidas. MÉTODO: Foram estudados 70 pacientes consecutivos com indicação de endarterectomia de carótida pelos critérios dos ensaios NASCET ou ACST, com diferentes tipos de apresentação clínica: grupo 1- assintomáticos ou com sintomas hemisféricos com mais de 90 dias; grupo 2 - com sintomas hemisféricos com menos de 90 dias. Amostras de sangue de cada paciente foram obtidas por punção venosa periférica; a proteína C reativa ultra-sensível foi dosada por nefelometria e a comparação entre os grupos foi realizada através do teste de t de Student, considerando-se significativo o valor de p BACKGROUND: Inflammatory activity in atherosclerosis has been exhaustively studied; however, the relevance of C-reactive protein as a marker of clinical instability in carotid artery obstructive disease has not been well established yet. OBJECTIVE: To identify whether high-sensitivity C-reactive protein serum levels are associated with clinical presentation (stable vs. unstable) of carotid artery severe obstructive disease. METHODS: Seventy consecutive patients underwent carotid endarterectomy based on NASCET or ACST criteria, and were classified according to clinical presentation: group 1 - asymptomatic or with hemispheric symptoms for more than 90 days; group 2 - with hemispheric symptoms for less than 90 days. Blood samples were collected by peripheral vein puncture; high-sensitivity C-reactive protein was dosed by nephelometry and comparison between groups was performed using Student's t test; p < 0.05 was considered significant. RESULTS: Neurological clinical status was considered stable in 28 (40%) patients, whereas 42 (60%) cases were considered unstable. High-sensitivity C-reactive protein levels were significantly higher in clinically unstable patients, when compared with neurologically stable cases (1.54±1.7 vs. 0.67±0.8 mg/dL, respectively; p = 0.006). There was no difference in high-sensitivity C-reactive protein levels, when compared with percentages of angiographic stenosis. CONCLUSIONS: The fact that high levels of high-sensitivity C-reactive protein are associated with unstable carotid plaque, possibly anticipating clinical events, could contribute to redefining indications for cerebrovascular interventions.

Keywords