Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Oct 1996)

Efeito de Momordica charantia I. Em camundongos infectados por Plasmodium berghei

  • Helene Mariko Ueno,
  • Julio T. Doyatna,
  • Carlos Roberto Padovani,
  • Ednir Salata

Journal volume & issue
Vol. 29, no. 5
pp. 455 – 460

Abstract

Read online

A Organização Mundial de Saúde (OMS) citou a malãria como um dos principais problemas de saúde no Brasil e no terceiro mundo, onde 80% da população recorre à medicina tradicional (popular) para sanar vários problemas de assistência médica primária. No que se refere à malária, seu tratamento e controle têm sido dificultados devido às cepas resistentes às drogas comumente utilizadas. Isso torna urgente a busca de novas drogas antimaláncas. Sabe-se que a população utiliza-se de diferentes plantas para o tratamento e cura de vários males, inclusive a malãria. Neste trabalho nos propusemos reavaliar o efeito de Momordica charantia L. (Cucurbitaceae) sobre camundongos infectados por Plasmodium berghei. A planta foi testada sob a forma de extratos aquoso e etanólico, na dose de lOOOmg por kg cle peso coipóreo do camundongo, ministrado por via oral, por cinco dias consecutivos da infecção (2º ao 6º). O efeito foi avaliado em função da parasitemia e da sobrevida dos animais. Embora a população indique e utilize essa planta na malária humana, nos ensaios deste trabalho, nas condições do experimento, os extratos de M. charantia não apresentaram atividade satisfatória contra o P. berghei.According to the World Health Organization malaria is one of the major public health problems in Brazil and all over developing countries, where 80% of the population use traditional medicine to solve their primary medical problems. Both treatment and control of this parasitosis have become difficult, because of parasite strains that are resistant to conventional drugs, such as chloroquine. That makes the search for new antimalarial drugs not only important but urgent. We aimed therefore at evaluating the effects of Momordica charantia L. (Cucurbitaceae) in mice infected with Plasmodium berghei. We used aquose and ethanotic extracts in a dose of 1OOOmg/kg of body weight, orally, for five consecutive days (i.e. from day 2 to day 6 postinfection). We then followed up the parasitaemia during the course of infection. Although the population use this plant as an antimalarial, in our experimental conditions, M. charantia extracts have not shown such activity.

Keywords