Revista Brasileira de Cartografia (Apr 2016)
INFLUÊNCIA DO DELINEAMENTO AMOSTRAL NA INFERÊNCIA ESPACIAL POR GEOESTATÃSTICA APLICADA A DADOS DE CLOROFILA-A ADQUIRIDOS EM TRANSECTOS
Abstract
A disposição dos elementos amostrais na área de estudo e sua influência nos resultados de análises espaciais é algo que vem sendo discutido frequentemente por pesquisadores da área de geociências, já que a qualidade de uma inferência espacial vai depender do tamanho da amostra e da distribuição espacial dos pontos amostrais. Nesse sentido, este trabalho tem o objetivo de analisar o impacto que diferentes delineamentos amostrais podem causar nos resultados da inferência espacial por Krigagem Ordinária. Para isso, primeiramente utilizou-se um conjunto de dados coletado em forma de transectos em uma parte do Reservatório de Nova Avanhandava, composto por 978 observações. Esse conjunto foi submetido a reduções sistemáticas no número de elementos amostrais, com o intuito de analisar o efeito do tamanho da amostra no resultado da inferência espacial. Em seguida, para analisar os resultados por diferentes tipos de amostras, simulou-se um grande conjunto de dados à partir da Krigagem Ordinária, utilizando o conjunto de dados em transecto. Nesse conjunto, aplicaram-se as técnicas de Amostragem Simples, Amostragem Sistemática e Amostragem Estratiï¬cada para obter variados tipos e tamanhos de amostras. A análise espacial foi realizada através do processo de Krigagem Ordinária, possibilitando obter diversos mapeamentos da variável cloroï¬la-a na região de interesse. A validação da inferência foi realizada pela análise comparativa do Erro Quadrático Médio e do índice Kappa. Os resultados mostraram que uma redução gradativa no tamanho da amostra original dos dados em transectos não causou alterações no resultado da inferência. Na análise dos diferentes métodos de amostragem, veriï¬cou-se que as amostras obtidas pela técnica de Amostragem Sistemática foram as mais eï¬cazes ao mapear a variável cloroï¬la-a por Krigagem Ordinária.