Revista de Educação Física (Jul 2024)

Impactos do treinamento aeróbico e resistido de alta intensidade na capacidade funcional de pacientes com doença de Parkinson: uma revisão sistemática

  • Eder Magnus Almeida Alves Filho,
  • Matheus Santos de Sousa Fernandes ,
  • Tiago Lacerda Ramos,
  • Debora Eduarda da Silva Fidelis,
  • Júlio César de Carvalho Martins,
  • Hortência Reis do Nascimento,
  • Isabela Reis do Nascimento,
  • Leila Fernanda dos Santos,
  • Raphael Fabrício de Souza

DOI
https://doi.org/10.37310/ref.v93i1.2953
Journal volume & issue
Vol. 93, no. 1

Abstract

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Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurodegenerativa que apresenta manifestações clínicas, incluindo tremores involuntários, rigidez articular e declínio da força muscular. A DP é comumente associada à morte de neurônios dopaminérgicos na região dos gânglios da base, responsáveis pelo controle das atividades motoras. O tratamento consiste em medicamentos, no entanto, ferramentas não farmacológicas, como o exercício físico supervisionado, são amplamente recomendadas. Objetivo: Resumir os impactos de protocolos de treinamento aeróbio e resistido de alta intensidade sobre a capacidade funcional de pacientes com DP. Métodos: Quatro bases de dados [PubMed, Scopus, Embase e Science Direct. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, os artigos foram selecionados de forma independente por pares. Resultados e Discussão: Foram identificados 4.745 estudos por meio de busca nas bases de dados, mas apenas 17 atenderam aos critérios de elegibilidade. Finalmente, 17 estudos foram incluídos nesta revisão sistemática. Foram extraídas informações sobre o estudo (autor e ano), características da amostra (idade, sexo, tamanho da amostra), informações sobre o tipo de exercício físico, duração do protocolo, descrição do exercício: aquecimento; frequência; volume, além de extrair resultados relacionados à capacidade funcional (aspectos motores e não motores). Ambas as modalidades de treinamento (HIA e HIRT) podem melhorar as variáveis da capacidade funcional em pacientes com DP. Ressalta-se que essas modalidades de treinamento podem atuar sinergicamente na promoção de uma melhor qualidade de vida/saúde desses pacientes. Conclusão: Portanto, ambas as modalidades foram capazes de melhorar os componentes não motores e motores (força, potência, equilíbrio) relacionados à capacidade funcional em pacientes com DP.