Sağlık Akademisi Kastamonu (Oct 2022)

RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO EM IDOSOS INTERNADOS E FATORES ASSOCIADOS

  • Danielle Bordin,
  • Lara Simone Messias Floriano,
  • Luciane Patrícia Andreani Cabral,
  • Clóris Regina Blanski Grden,
  • Eloise Panagio Silva,
  • Angelica Arps De Ramos

DOI
https://doi.org/10.25279/sak.1138679
Journal volume & issue
Vol. 7, no. Special Issue
pp. 161 – 162

Abstract

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Introdução: Os idosos são os indivíduos mais susceptíveis ao desenvolvimento de lesão por pressão (LP) devido às condições inerentes ao envelhecimento do corpo humano, como imobilidade, perda e/ou redução da sensibilidade e força muscular, chamadas de fatores intrínsecos. Quando submetidos à internação hospitalar a probabilidade de desenvolver LP aumenta por ação de umidade, fricção e cisalhamento, chamados de fatores extrínsecos. As LP configuram-se como um grave problema de segurança para o paciente e repercutem negativamente na qualidade de vida, causam dependência e danos substanciais aos idosos internados, dificultam o processo de recuperação funcional, acarretam dor, propiciam o desenvolvimento de infecções graves, assim como estão atreladas ao prolongamento de internações, sepse e mortalidade. Ademais, o impacto financeiro no tratamento das lesões por pressão é considerável. Objetivo: identificar os fatores associados ao risco de lesão por pressão em idosos internados e fatores associados. Método: pesquisa transversal, por conveniência com 133 idosos internados na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de ensino no período de setembro de 2017 a janeiro de 2018. Aplicou-se o Mini Exame do Estado Mental e realizou-se avaliação das lesões de pele por meio de inspeção e identificação do risco de desenvolvimento de lesão por pressão pela escala de Braden. Considerou-se como variável dependente os riscos verificados pela escala de Braden e como variáveis independentes as características sociodemográficas, de estilo de vida, clínicas e de utilização de serviços de saúde. Para as variáveis independentes categóricas utilizou-se o teste anova, se passou pelo teste de normalidade, quando não passou, utilizou-se Kruskal-Wallis. Já para as variáveis independentes numéricas, utilizou-se o teste de spearman. Resultados: dos participantes 77,4% apresentaram alto risco para o desenvolvimento de lesão por pressão. Houve predomínio do sexo masculino (57,1%), média de idade 72,9 anos, com 4-8 anos de estudo (48,1%), casados (41,3%). Verificou-se que faixa-etária (p=0,007), cor de pele (p=0,001), escolaridade (p=0,018), dieta (p=0,001), uso de dispositivo médico (p=0,010) e mobilidade (p=0,001) foram fatores associados ao risco em desenvolver lesão por pressão. Conclusões: Acredita-se que os achados possam incentivar o enfermeiro a capacitar-se e promover capacitação de sua equipe quanto à avaliação sistematizada e contínua dos riscos de desenvolvimento de lesão por pressão. É de suma importância à implementação de planos de cuidados que abranjam os fatores predisponentes individuais e institucionais, tal qual a ampliação de estratégias de prevenção. Infere-se que as medidas de prevenção podem impactar positivamente na qualidade de vida do idoso durante a internação e no pós-alta hospitalar.

Keywords