Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia (Jul 2024)

Análise do perfil de devoluções de quimioterapias endovenosas em um hospital filantrópico de Salvador-BA

  • Mariana Saraiva dos Santos,
  • Luana Santana Bacelar ,
  • Soane da Silva Félix ,
  • Patricia Lima de Araújo ,
  • Regina Maria da Hora dos Santos Azevedo ,
  • Maria Teresita Bendicho,
  • Rosa Malena Fagundes Xavier

DOI
https://doi.org/10.22239/2317-269X.02054
Journal volume & issue
Vol. 12

Abstract

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Introdução: O aumento dos custos dos tratamentos oncológicos se configura como uma problemática relevante para os serviços de saúde atrelada à incorporação constante de novos medicamentos para o tratamento do câncer. Esse crescimento de gastos reflete no desafio de gerir recursos para atender as necessidades na área oncológica. É preciso otimizar os recursos, visando a crescente demanda e os custos associados. No cenário em que pacientes recebem tratamentos personalizados, são possíveis alterações na terapia ocasionando algumas devoluções de antineoplásicos, elevando custos nos serviços de saúde. Objetivo: Analisar o perfil de devoluções de quimioterápicos manipulados ao setor de Farmácia e a relação com os custos em um hospital filantrópico de Salvador. Método: Estudo de corte transversal, retrospectivo e analítico realizado entre agosto de 2019 e agosto de 2020, cuja coleta foi realizada por meio de formulários obtidos após a devolução da quimioterapia. Foram avaliadas informações como nome do medicamento, dose, status do reaproveitamento, motivo de devolução. Os dados foram tabulados no programa SPSS. Resultados: Foram devolvidas 171 bolsas de quimioterapias, envolvendo 19 princípios ativos. O fator clínico justificou 59,1% dos retornos. A cisplatina foi responsável por 14,6% das devoluções. A carboplatina foi o medicamento mais descartado, representando 16,9% das bolsas perdidas, enquanto a cisplatina teve o maior índice de reaproveitamento. Na farmacoeconomia, as devoluções representaram o valor de R$ 13.887,87. O hospital perdeu R$ 7.475,61 com os descartes efetuados, porém economizou R$ 6.412,21 por meio do reaproveitamento. Conclusões: A oncologia precisa estar atrelada à farmacoeconomia e, para minimizar as devoluções, estratégias devem ser adotadas.

Keywords