Memorias do Instituto Oswaldo Cruz (Mar 1986)

Chronic murine myocarditis due to Trypanosoma cruzi: an ultrastructural study and immunochemical characterization of cardiac interstitial matrix

  • Sonia G. Andrade,
  • Jean Alexis Grimaud

DOI
https://doi.org/10.1590/S0074-02761986000100004
Journal volume & issue
Vol. 81, no. 1
pp. 29 – 41

Abstract

Read online

In an attempt to define the mouse-model for chronic Chagas' disease, a serological, histopathological and ultrastructural study as well as immunotyping of myocardium collagenic matrix were performed on Swiss mice, chronically infected with Trypanosoma cruzi strains: 21 SF and mambaí (Type II); PMN and Bolivia (Type III), spontaneously surviving after 154 to 468 days of infection. Haemagglutination and indirect immunofluorescence tests showed high titres of specific antibodies. The ultrastructural study disclosed the cellular constitution of the inflammatory infiltrate showing the predominance of monocytes, macrophages with intense phagocytic activity, fibroblasts, myofibroblasts and abundant collagen matrix suggesting the association of the inflammatory process with fibrogenesis in chronic chagasic cardiomyopathy. Artertolar and blood capillary alterations together with dissociation of cardiac cells from the capillary wall by edema and inflammation were related to ultrastructural lesions of myocardial cells. Rupture of parasitized cardiac myocells contribute to intensify the inflammatory process in focal areas. Collagen immunotyping showed the predominance of Types III and IV collagen. Collagen degradation and phagocytosis were present suggesting a reversibility of the fibrous process. The mouse model seems to be valuable in the study of the pathogenetic mechanisms in Chagas cardiomyopathy, providing that T. cruzi strains of low virulence and high pathogenecity are used.Utilizando o modelo experimental do camundongo, foi realizado um estudo sorológico, histopatológico e ultraestrutural bem como a imunotipagem do colágeno na matriz conjuntiva do miocárdio em camundongos suiços cronicamente infectados com as cepas 21 SF e Mambaí (Tipo II) PMN e Bolívia (Tipo III) por períodos de 154 a 468 dias. Os testes sorológicos e de imunofluorescência indireta mostraram altos títulos de anticorpos específicos. O estudo estrutural definiu melhor a constituição celular do infiltrado inflamatório, mostrando a predominância de monócitos e de macrófagos com intensa atividade fagocítica, fibroblastos em atividade de síntese e miofibroblastos bem como abundante matriz colagênica sugerindo uma associação entre o processo inflamatório e fibrogênese na cardiomiopatia chagásica crônica. A imunotipagem do colágeno mostrou a predominância dos tipos III e IV. Alterações dos capilares sangüíneos e de arteríolas e sua dissociação das miocélulas, pelo infiltrado inflamatório, se relacionam com alterações ultraestruturais em miocélulas cardíacas não parasitadas. Havia intensificação do processo inflamatório em áreas focais correspondentes à rotura de fibras cardíacas parasitadas. Os achados do presente trabalho sugerem que o modelo do camundongo é adequado para o estudo dos mecanismos patogênicos na doença de Chagas, pela utilização de cepas do T. cruzi com baixa virulência e alta patogenicidade.

Keywords