Acta Cirúrgica Brasileira (Apr 2007)

Abdominal wall healing in reoperated rats Cicatrização da parede abdominal em ratos reoperados

  • Zacarias Alves de Souza Filho,
  • Fernando Hintz Greca,
  • Lúcia de Noronha,
  • André Souza de Albuquerque Maranhão,
  • Ana Paula Calil,
  • Danila Pinheiro Hubie,
  • Fabiana Matos Barbosa

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-86502007000200013
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 2
pp. 147 – 151

Abstract

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PURPOSE: Experimental evaluation of the abdominal wall healing in reoperations on the same surgical site, by means of macroscopic analysis, histological and breaking strength studies of the surgical scar. METHODS: Twenty-four rats were selected and divided in 3 groups (G1, G2 and G3). A medium longitudinal laparotomy was performed, followed by laparorrhaphy on two synthesis planes, using an interrupted suture technique. The reoperations were performed in the same way, on the same surgical site. On the first day of the study all the 24 rats were operated, on the 30th day the 16 animals belonging to G2 and G3 were reoperated, and finally, on the 60th day, the 8 rats from G3 were operated for the third and last time. After 30 days of the last laparotomy of each group, euthanasia was performed. Complications such as adhesions were evaluated during the resection of surgical site. The breaking strength study was performed next, followed by the microscopical collagen analysis, using for that histological cuts stained with picrosirius. RESULTS: The adhesions were prevalent in G2 and G3 (16% each) when compared to G1. No significant difference was found in the breaking strength study. Statistically significant difference was observed in collagen concentration analysis. It was found higher mature collagen (type I) as well as total collagen concentration in the groups operated more than once (G2 and G3). The highest concentration of mature collagen (pOBJETIVO: Avaliar experimentalmente o processo cicatricial da parede abdominal após reoperações realizadas com o mesmo acesso cirúrgico, por meio da análise macroscópica e do estudo das características histopatológicas e tensiométricas da cicatriz cirúrgica. MÉTODOS: Vinte e quatro ratos foram selecionados e divididos, igualmente, em três grupos (G1, G2 e G3). A laparotomia consistiu em uma incisão longitudinal mediana. Após obtido o acesso à cavidade abdominal, procedeu-se a síntese da ferida cirúrgica em dois planos através de sutura interrompida. As reoperações foram realizadas pelo mesmo acesso. No primeiro dia do experimento os 24 animais (G1, G2, G3) foram operados, no trigésimo dia 16 animais (G2, G3) foram reoperados e finalmente no sexagésimo dia os 8 animais do G3 foram operados pela terceira e última vez. Decorridos 30 dias da última laparotomia de cada grupo, foi procedida a eutanásia dos animais e ressecção da parede abdominal envolvida no acesso cirúrgico. Durante a ressecção foi realizada a avaliação macroscópica da ferida cirúrgica com avaliação de aderências e de outras possíveis complicações. A peça cirúrgica foi submetida ao estudo tensiométrico e em seguida foi preparada para o estudo histopatológico com lâminas coradas com picrosírius para quantificação e qualificação do colágeno. RESULTADOS: As aderências foram prevalentes nos grupos 2 (16%) e 3 (16%) quando comparadas com o grupo 1. Não houve diferença significante entre os grupos no estudo tensiométrico. O estudo histopatológico demonstrou diferença estatisticamente significativa nas concentrações de colágeno. Houve maior deposição de colágeno maduro (tipo I) e colágeno total nos grupos submetidos a mais de uma laparotomia (G2 e G3). Os animais do G3 apresentaram a maior concentração de colágeno maduro (p<0,0001) e colágeno total (p<0,0021), seguidos dos animais dos grupos 2 e 1 (nessa ordem). CONCLUSÃO: A maior concentração de colágeno maduro nos grupos experimento evidencia a importância da presença da atividade inflamatória no processo cicatricial; nas reoperações a maturidade da cicatriz cirúrgica é mais rapidamente alcançada; as ressuturas de incisões em parede abdominal não influenciaram a resistência da cicatriz.

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