Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science (Jan 2003)

Inquérito sobre os casos de miíase por Dermatobia hominis em cães (Canis familiaris) das zonas norte e oeste do município do Rio de Janeiro no ano 2000

  • Bianca Chiganer Cramer-Ribeiro,
  • Argemiro Sanavria,
  • Heloísa Helena Magalhães Soares Monteiro,
  • Marcelo Queiroz de Oliveira,
  • Fábio Silva de Souza

DOI
https://doi.org/10.1590/S1413-95962003000100002
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 1

Abstract

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Foi realizado um inquérito sobre os casos de miíase por larvas de Dermatobia hominis em cães atendidos em 190 clínicas e consultórios veterinários das Zonas Norte e Oeste do Município do Rio de Janeiro em 2000. Casos foram atendidos em 37 de 108 estabelecimentos veterinários da Zona Norte e em 55 de 82 estabelecimentos da Zona Oeste do município. A presença de áreas rurais e animais como bovinos e eqüinos próximos aos cães criou um ambiente adequado à proliferação de moscas, inclusive as vetoras dos ovos da D. hominis. Cães adultos, de raça definida e de pelagem curta e escura foram os mais acometidos. Machos foram os mais infestados na Zona Norte, enquanto não se observou predileção por sexo na Zona Oeste. Cães mantidos em quintais de casas ou sítios, como os adultos e os de raça de grande porte (normalmente utilizados para guarda), foram os mais acometidos. O dorso e a região lombar foram as regiões do corpo mais afetadas, por serem facilmente acessíveis às moscas. Programas preventivos contra miíases devem ser intensificados nos meses de maior incidência, apesar de algumas vezes isso não ser possível, pois vários veterinários relataram que nenhum mês apresentou maior incidência ou não souberam responder à pergunta. Os veterinários devem alertar os proprietários que são necessárias a correção do manejo e a manutenção da higiene do local onde os cães são mantidos, para evitar a presença de moscas. Mais estudos são necessários para identificar outras causas predisponentes às miíases e evitar essa doença.

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