Revista Portuguesa de Cardiologia (Aug 2024)

Cardiovascular risk assessment in Portugal's primary health care system: SCORE vs. SCORE2

  • Cristina Silva,
  • José Eduardo Mendes,
  • Ricardo Ramos,
  • Amélia Gaspar,
  • Filipe Leal,
  • Nuno Mendes

Journal volume & issue
Vol. 43, no. 8
pp. 449 – 455

Abstract

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Introduction and objectives: The 2021 European Society of Cardiology guidelines on cardiovascular disease (CVD) prevention introduced the more accurate SCORE2 risk model as a replacement for the earlier SCORE, which is still used in primary care software in Portugal. Our objective is to determine whether the difference between risk assessment using SCORE and SCORE2, in the same patient population, is statistically significant. Methods: A total of 1642 patients aged 40–65 without previous CVD, from the medical records of two Family Health Units, were included in this cross-sectional study. SCORE and SCORE2 were calculated using the variables gender, age, smoking status, lipid profile and systolic blood pressure. A statistical analysis was performed on the results. Results: Using SCORE, 98% of the patients were in the low–moderate risk categories and 2% in the high or very high risk categories. When using SCORE2, the corresponding percentages were 55% and 45%, respectively. Reclassification with SCORE2 into higher categories was more often observed in younger (under 50 years of age) and male patients. With SCORE, 38.61% of patients were within the LDL-C target range; this figure fell to 20.28% with SCORE2. These differences are statistically significant (p<0.0001). Conclusion: Our findings show that a significant number of patients in this cohort who were classified through SCORE at lower risk levels were reclassified into higher risk categories with SCORE2. Similarly, the number of patients within the LDL-C target range for LDL-C was also lower using SCORE2. Resumo: Introdução e objetivos: As guidelines de 2021 da Sociedade Europeia de Cardiologia sobre prevenção de doenças cardiovasculares (DCV) introduziram um modelo de risco mais preciso (SCORE2) como substituto do anterior (SCORE), que ainda é utilizado no software dos cuidados de saúde primários em Portugal. O nosso objetivo é determinar se a diferença entre a avaliação do risco utilizando SCORE e SCORE2, na mesma população de doentes, é estatisticamente significativa. Métodos: 1642 utentes, entre os 40 e os 65 anos, dos processos clínicos de duas Unidades de Saúde Familiar, sem DCV prévia, foram incluídos neste estudo transversal. SCORE e SCORE2 foram calculados utilizando as variáveis sexo, idade, tabagismo, perfil lipídico e tensão arterial sistólica. Foi realizada a análise estatística dos resultados. Resultados: Utilizando o SCORE, 98% dos pacientes encontravam-se nas categorias de risco baixo-moderado e 2% nas categorias de risco alto ou muito alto. Ao utilizar o SCORE2, as percentagens correspondentes foram de 55% e 45%, respetivamente. A reclassificação com o SCORE2 em categorias mais elevadas foi mais frequentemente observada em doentes mais jovens (<50 anos) e no sexo masculino. Com o SCORE, 38,61% têm o LDL-C dentro do alvo e esse número reduz para 18,4% com o SCORE2. Estas diferenças são estatisticamente significativas (p < 0,0001). Conclusão: Um número significativo de utentes, classificados em níveis de risco cardiovascular mais baixos com o SCORE, foi reclassificado para categorias de risco mais elevadas com o SCORE2. De igual maneira, o número de utentes com o LDL-C dentro do alvo é menor usando o SCORE2.

Keywords