Medicina (Sep 2009)

Fatores genéticos que modulam concentrações de chumbo no organismo

  • Vania Braghini Rezende,
  • Jefferson H. Amaral,
  • José Eduardo Tanus-Santos

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v42i3p341-349
Journal volume & issue
Vol. 42, no. 3

Abstract

Read online

O chumbo (Pb) é um metal pesado muito tóxico, mesmo em baixas concentrações. Ainda não foi possível estabelecer uma concentração considerada "segura" para exposições. A toxicidade ao metal é atribuída principalmente a alterações enzimáticas, como a inibição da enzima delta aminolevulínico desidratase (ALAD) e à habilidade de competir com o cálcio. A absorção do chumbo se dá prinicpalmente através das vias respiratórias e gastrointestinal. Uma vez absorvido, o metal é encontrado no sangue, tecidos moles e mineralizados. Cerca de 99% do conteúdo absorvido é encontrado nos ossos, principal reservatório de chumbo. Aproximadamente 1% encontrase livre no plasma e disponível para atravessar membranas biológicas e promover os efeitos tóxicos. Apesar das medidas tomadas no sentido de diminuir as concentrações do metal na natureza, alguns indivíduos podem ser mais susceptíveis aos efeitos prejudiciais causados pela exposição ao chumbo. Fatores genéticos vem sendo estudados e associados a diferentes concentrações sanguíneas e plasmáticas do metal em indivíduos expostos. Portadores de diferentes genótipos podem experimentar maiores ou menores concentrações sanguíneas e plasmáticas de Pb. Reconhecer o indivíduo, ou grupo de indivíduos mais susceptíveis às altas concentrações de chumbo pode ser uma ferramenta útil na prevenção dos efeitos tóxicos do metal. O gene que codifica a ALAD e gene do Receptor da Vitamina D (VDR), os quais estão relacionados a toxicocinética do chumbo foram focos dessa revisão.

Keywords