Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

DOENÇA HEMOLÍTICA DO FETO E DO RECÉM-NASCIDO POR ALOIMUNIZAÇÃO RH - INQUIRIÇÃO NARRATIVA

  • LBS Paiva,
  • ILS Dantas,
  • APBP Silva,
  • WS Teles,
  • FECD Carmo,
  • JS Nascimento,
  • FKF Oliveira

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S30 – S31

Abstract

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Introdução: A aloimunização é a produção de anticorpos contra antígenos considerados não próprios, reação observada principalmente em pacientes politransfundidos e em gestantes. Quando relacionada à gravidez, as consequências da isoimunização dependem de diversos fatores, tendo como o principal a incompatibilidade antigênica, devido à presença de diferentes substâncias existentes nas superfícies das hemácias do feto e da mãe. A DHFRN, também chamada de Eritroblastose fetal, é uma patologia de origem imunológica, que resulta na hemólise das células do feto e/ou recém-nascido, decorrente da presença de anticorpos irregulares existentes na circulação da mãe Rh negativos, anticorpos esses pertencentes às imunoglobulinas da classe IgG. Objetivos: O objetivo da perquirição é realizar a caracterização da Doença Hemolítica do Feto e do Recém-nascido em decorrência da aloimunização por incompatibilidade Rh. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, na qual foram realizados levantamento de artigos científicos, revistas virtuais, em bases de dados, tais como Scielo e Google acadêmico, no período de 2015 a 2023, em plataformas nacionais e internacionais, tendo na questão norteadora: Ocorrência da Doença Hemolítica do feto e do recém-nascido provocada por aloimunização Rh. Resultados: Casos da Doença Hemolítica Perinatal ocorrem em sua maioria em mães que apresentam Rh negativo, quando as células destas entram em contato com células fetais, que contêm em sua superfície antígenos exclusivamente paternos, resulta em uma reação imunológica iniciando a formação de aloanticorpos contra esses agentes estranhos em seu organismo, pois a presença de antígenos D e anticorpos anti-D em uma mesma pessoa pode levar a quadros hemolíticos, devido à incompatibilidade do sistema Rh. No diagnóstico laboratorial, é tido como primeira escolha a execução do teste de Coombs Indireto, também conhecido como Teste de Antiglobulina Indireto (TAI). Método realizado em gestantes que apresentam fator Rh negativo, este tem como objetivo a detecção de anticorpos irregulares presentes na corrente sanguínea materna). Considera-se uma reação positiva, quando é observada a hemaglutinação ou hemólise em qualquer uma das etapas, indicando a presença de anticorpos que podem ser de origem natural, aloanticorpos ou autoanticorpos. Discussão: Essa revisão identificou uma homogeneidade de evidências sobre a importância da caracterização da Aloimunização Rh na DHFRN, como resultado da sensibilização materna por eritrócitos fetais. Apresentando uma grande relevância clínica por provocarem casos hemolíticos e fatores de risco para o feto ou recém-nascido. Conclusão: Diante do exposto, conclui-se este trabalho enfatizando a importância do conhecimento sobre a Doença Hemolítica do Feto e do Recém-nascido, levando em consideração a sua baixa repercussão perante a sociedade, assim, impossibilitando um diagnóstico precoce e prognóstico adequado da doença.