Subvertendo o desejo no teatro das organizações: problematizações contemporâneas sobre o desejo e a expansão da vida nas relações de trabalho
Abstract
Este artigo pretende problematizar a concepção de desejo contida nas abordagens estruturalistas e pós-estruturalistas, colocando o desejo como objeto fundamental da análise contemporânea das relações de poder no local de trabalho, enfatizando a incapacidade do conceito estruturalista de desejo no processo de construção e catalisação de espaços laborais que promovam a expansão da vida. . Para tanto se realizou uma pesquisa qualitativa fundamentada na análise bibliográfica sobre o desejo, focando-se em Freud e no estruturalismo de Lacan, bem como no pós-estruturalismo de Deleuze, Rolnik e Foucault, salientando-se que este artigo adota uma concepção pós-estruturalista de desejo. Conclui-se que as teorias psicanalíticas modernas (Freud), estruturalistas (Lacan), bem como os trabalhos organizacionais de Chanlat e Dejours que utilizam a psicanálise em suas análises, ao definirem o que é desejo acabam criando fatores inibidores e despotencializadores do processo ético-político-estético de expansão da vida no local de trabalho. Diferentemente, o pós-estruturalismo, ao definir o desejo como social, capaz de construir e desconstruir realidades, consegue potencializar e problematizar a complexidade que envolve a expansão da vida no trabalho e na sociedade contemporânea.
Keywords