Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (Jul 2021)

Máscara facial artesanal pode ser esterilizada sem comprometer sua eficácia

  • Jose Eduardo Serrao,
  • Cristiane do Carmo Cesario,
  • Jamile Fernanda Silva Cossolin,
  • Jane Sélia dos Reis Coimbra,
  • Flavia Batista Barbosa de Sá Diaz,
  • Andréia Guerra Siman,
  • Maria Clara Nunes

DOI
https://doi.org/10.17058/reci.v11i3.16413
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 3

Abstract

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Justificativa e Objetivos: A COVID-19 causada pelo SARS-CoV-2 é transmitida pelo contato, por gotículas e por aerossóis. A Organização Mundial da Saúde recomenda a obrigatoriedade do uso de máscaras cirúrgicas aos profissionais da saúde e incentiva os países a aderirem ao seu uso, em massa, a fim de minimizar a transmissibilidade do vírus. Posto que a falta desse equipamento de proteção individual causa preocupação, o objetivo deste trabalho foi avaliar as características de máscaras faciais quanto (i) às propriedades mecânicas alongamento, tensão de ruptura e resistência a passagem de ar e (ii) às propriedades morfométricas espessura, diâmetro das fibras e distribuição de poros após esterilização em autoclave. Métodos: As máscaras foram confeccionadas em TNT Spunbonded (100% polipropileno, 60 g/m2), autoclavadas a 70 ºC por 5 minutos e armazendadas em filmes plásticos a temperatura ambiente. Na sequência, as propriedades mecânicas foram determinadas em máquina de teste universal Instron e densímetro automático tipo Gurley e as propriedades morfométricas em medidor de espessura semiautomático e microscópio eletrônico de varredura. Resultados: Observou-se que um ciclo de esterilização das máscaras faciais, por calor úmido sob pressão, promoveu o aumento da rigidez da manta, não produziu danos físicos e não diminuiu a capacidade de barreira da manta. Conclusão: A esterilização de máscaras faciais confeccionadas em TNT pode ser considerada uma estratégia para aumentar a segurança na sua produção e uso.

Keywords