Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2023)

DETECÇÃO DE VARIANTES Y253H E E255K DO BCR::ABL1 EM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA NO ESTADO DO AMAZONAS

  • VC Costa,
  • MOD Nascimento,
  • MOD Santos,
  • TCD Santos,
  • GSP Braz,
  • LPS Mourão,
  • WO Azevedo,
  • ROD Santos,
  • AM Tarragô,
  • GAV Silva

Journal volume & issue
Vol. 45
p. S180

Abstract

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Introdução: A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma doença hematológica classificada como Neoplasia Mieloproliferativa (NMP), caracterizada por transformação maligna e proliferação clonal de uma célula Troco Hematopoiética (HSC). A LMC é caracterizada primariamente pelo cromossomo Filadélfia (Ph), que é uma alteração cromossômica estrutural do tipo translocação dos genes Breakpoint Cluster Region (BCR) e Abelson (ABL), localizados nos cromossomo 22 e 9, respectivamente. Variantes do BCR::ABL têm sido associadas à resistência ao tratamento com inibidores de tirosina quinase, como a Y253H e E255K. Objetivos: Neste estudo desenvolvemos metodologia para detecção de variantes Y253H e E255K no gene BCR::ABL1 por PCR-RFLP em pacientes com Leucemia Mieloide Crônica. Métodos: Amostras de sangue periférico foram coletadas de pacientes diagnosticados com LMC, sendo submetidas aos ensaios moleculares. Amostras de RNA foram submetidas à síntese de DNA complementar, realizando-se PCR-RFLP para identificação das variantes Y253H e E255K BCR::ABL1. Análise de fragmento foi realizada em gel de agarose a 2,5% para identificação das amostras positivas para as variantes. Resultado: No presente estudo verificou-se 27 amostras de ambos os gêneros, 20 homens (74%) e 7 mulheres (26%) com idade média de 54,4 (±11,64). Com base a origem dos pacientes, observou-se uma predominância maior de pacientes de Manaus (74%), capital do Amazonas, seguida dos interiores e outras localidades do Amazonas. Os pacientes apresentavam em média o quantitativo de BCR::ABL1 de 33,59, considerado como relativamente alto, sendo de extrema importância destacar o rastreamento de possíveis variantes localizadas no oncogene BCR::ABL1. Diferentes variantes BCR::ABL1 estão associadas a um prognóstico desfavorável ao paciente. De 27 amostras avaliadas no PCR-RFLP, somente uma foi positiva para a variante E255K. Discussão: Entre os indivíduos examinados neste estudo, ocorreu alteração da terapia em mais de 60% dos casos investigados, e houve um predomínio do emprego do Nilotinibe como o principal inibidor da tirosina quinase para aqueles que manifestaram intolerância e/ou resistência ao Imatinibe. No presente estudo, dos 27 pacientes com LMC apenas um paciente foi positivo para a variante E255K do gene BCR::ABL1, um número relativamente baixo o que difere de estudos anteriores, sendo observada uma frequência de 3,8% e 11,9%. Conclusão: A avaliação das variantes Y253H e E255K possibilita novas perspectivas no manejo dos pacientes com LMC no Estado do Amazonas. Porém, ressaltamos a importância de avaliar as variantes em uma população com n amostral maior e realização do sequenciamento genético para identificação de possíveis variantes presentes no BCR::ABL1.