Revista de Educação Matemática (Mar 2022)
Uma virada vital-praxiológica na formação indisciplinar de educadores
Abstract
Neste artigo, com base nos trabalhos de Wittgenstein, apresentamos uma imagem de matemáticaS que permite desconstruir discursos colonialistas que as veem como um saber unitário, universal, lógico-formal, abstrato e neutro a ditar normas deterministas para o mundo vital-praxiológico, bem como consideramos outro modo de se fazer as matemáticaS participarem de uma formação indisciplinar de educadores orientada por uma ética-política decolonial que promova a diversidade de formas de vida e a convivência colaborativa e democrática entre os seres naturais que as constituem. Como exemplo disso, descrevemos a prática cultural amazônica de garimpagem de ouro – que, em seus aspectos regrados orientados por propósitos normativos comunitários, poderia ser vista como uma matemática –, problematizando-a em seus efeitos e afetos ambientais, políticos, econômicos, sociais, sanitários, jurídicos, dentre outros.
Keywords